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Enviada em: 03/09/2018

Desde a criação das vacinas, sua eficácia tem sido comprovada através da erradicação de muitas doenças - são exemplos: a rubéola, varíola, poliomelite e o sarampo -; em resumo, a vacina consiste na injeção do agente etiológico, atenuado, da doença no organismo humano, a fim de sensibilizá-lo para combater possíveis infecções. Hodiernamente, a imunização em massa, no Brasil, tem encontrado uma série de empecilhos. Nesse contexto, deve-se analisar como o descaso do Estado e as falácias espalhadas pela comunidade influenciam na problemática em questão.   Seguramente, a falha gestacional do Estado é um dos paradigmas da baixa imunização atual. Isso decorre do mau gerenciamento da distribuição das vacinas ao longo de todo Brasil; em muitos casos, municípios, ou até estados, afastados dos grandes centros, têm suas vacinas negligenciadas, o que vai de encontro com a Constituição Cidadã de 1988, a qual assegura o direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros. Por consequência disso, infelizmente, o número de crianças vacinadas vem diminuindo consideravelmente; segundo o Ministério da Saúde, em 2016, a taxa beirava 95%, já, em 2018, a taxa não alcança 80%.   Além disso, nota-se, ainda, um crescente movimento anti-vacina, sustentado por falácias e desinformação. Esse movimento não é algo recente na história da humanidade: ainda na Velha República ocorreu a chamada Revolta da Vacina, episódio no qual a população depredou a cidade do Rio de Janeiro como forma de resistência à vacinação da varíola. A relutância à vacina, no entanto, reverbera na sociedade atual de maneira mais preocupante, pois consiste na decisão, individual, dos pais de não vacinar crianças, o que, lamentavelmente,  põe em risco anos de pesquisas e erradicação de doenças.   Torna-se evidente, portanto, que a questão da vacinação do Brasil precisa ser revisada. Em razão disso, urge que o Estado, por meio de envio de recursos ao Ministério da Saúde, geste de maneira eficaz e igualitária a distribuição de vacinas, além de promover campanhas de vacinação em horários flexíveis e locais próximos a comunidades descuidadas pela administração pública; assegurando o direito à saúde à população. Ademais, ONGs e mídia devem organizar conteúdos claros e explicativos, os quais, através de redes sociais, pode ser propagado  a fim de refutar ideias de campanhas anti-vacina e melhorar os índices de vacinação.