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Enviada em: 05/09/2018

Garantir uma ampla cobertura vacinal é um desafio que passa pela eficiência na gestão pública e pela capacidade de produção de vacinas, no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) distribui, gratuitamente, 25 tipos de vacinas, perfazendo 300 milhões de aplicações por ano, de tal forma, que nenhum país da América Latina, exceto o México, possui um programa de imunização tão completo.        No Brasil e em outros países tem-se observado um movimento contrário às vacinas, provocando surtos de doenças já erradicadas, como o sarampo e a poliomielite. Ademais disso, segundo o Programa Nacional de Imunizações - PNI,  o grande obstáculo da estratégia de comunicação atual, não é a falta de meios, mas a quantidade de veículos de comunicação diferentes, para atingir a diversos públicos. Por outro lado, horários inflexíveis dos postos de saúde e até mesmo sua ausência, são fatores que contribuem para uma baixa cobertura vacinal.       Atualmente, o modelo produtivo de vacinas no país consolida-se na parceria do Instituto Butantã com a Fundação Osvaldo Cruz - FIOCRUZ. Assim, os primeiros realizam a produção em larga escala e os segundos desenvolvem a pesquisa básica. Dos 75% do que é ofertado pelo SUS, metade é fabricado no Instituto Butantã, segundo dados da coluna de Drauzio Varella, para o portal UOL.         Nesse sentido, para melhorar a taxa de imunização, o governo deve realizar investimentos em aprimoramento científico e reduzir os custos. Para isso é importante a fabricação nacional de toda a cadeia produtiva (insumos), o desenvolvimento de novos processos de fabricação que garantam sua qualidade e uma estratégia de vacinação permanente, que permita um maior planejamento dos gastos. Por sua vez, o Ministério da Saúde deve manter campanhas de conscientização, utilizando os meios  de comunicação que a população tem mais acesso, como o rádio e a televisão, além de aumentar a quantidade de postos de saúde no país, através de investimentos, o que melhoraria a taxa de cobertura nacional. Para continuar produzindo na mesma velocidade e a baixo custo é necessário realizar investimentos em educação continuada e prezar pela fabricação de toda a cadeia produtiva das vacinas, inclusive os insumos que são capazes de reduzir os custos, enormemente.