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Enviada em: 05/09/2018

Com a invenção da vacina, pelo médico inglês Edward Jenner, mudou-se a forma como a medicina é realizada no mundo, por meio de políticas de prevenção, que possibilitam a manutenção da qualidade de vida dos indivíduos e a proteção contra inúmeras patologias. Entretanto, hoje, no Brasil, vive-se o desafio de garantir a vacinação a todos os habitantes, em virtude da má distribuição dos recursos pelo governo e na falta de diálogo entre cidadão e Estado, sendo, portanto, fundamental o debate.         Em uma primeira análise, é imprescindível destacar o pensamento de Aristóteles, que afirma " A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça ". Dessa forma, o gestor público deve trabalhar pelo povo e para o povo, para garantir o funcionamento da democracia. Contudo, tal cenário se assemelha a utopia no Brasil, visto que se prioriza ganhos individuais em detrimento do coletivo, gerando ineficiência em vários setores estatais, inclusive, na saúde, dificultando o cumprimento da Constituição Cidadã que garante os direitos sociais, como a manutenção da vida e o bem-estar. Diante disso, é evidente que para uma completa medicina preventiva, a eficiência na gestão dos recursos deve ser uma máxima.          Outrossim, destaca-se a falta de entendimento e consenso histórico entre o indivíduo o Estado, no que se refere a vacinação. Com efeito, é válido rememorar acerca da Revolta da Vacina, que ocorreu no início do século XX, no Rio de Janeiro, em virtude do desconhecimento da população em entender os benefícios da imunização ativa. Sendo assim, faz-se um paralelo com a situação atual, visto que boa parte da população ainda não entende que a vacina contribui para a segurança pessoal não só individual, mas de filhos, amigos e entes queridos. Destarte, é evidente que a educação e a conscientização são ferramentas fundamentais para mudar a realidade estabelecida.           Portanto, é inexorável o papel do eleitor brasileiro, para que profissionais adequados cheguem ao Ministério da Saúde. Este, deve promover uma mudança no pensamento coletivo acerca da importância da vacinação a todas as faixas etárias, por meio da visita de profissionais da saúde aos lares antecipadamente, para dialogar de maneira efetiva com a população, esclarecendo dúvidas e anseios, fortalecendo laços sociais que promovam a sensação de segurança na hora de ser vacinado. Logo, aliado as campanhas publicitárias existentes, será possível mudar tal conjuntura, para que a Revolta da Vacina seja apenas, de fato, histórica.