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Enviada em: 06/09/2018

No Brasil hodierno, garantir a vacinação aos brasileiros apresenta-se como um desafio de caráter social que afeta toda a sociedade. Isso se deve, sobretudo à falta de políticas públicas mais especificas que visem expandir o direito de vacinação e conhecimento sobre essas a todos, e também, a ausência de uma educação mais expansiva e preventiva. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando ao enfretamento dessa questão em âmbito nacional.      Em verdade, a descoberta da vacina pelo médico inglês, Edward Janner, revolucionou a saúde mundial de forma benéfica, no entanto, por falta de conhecimentos acerca de seus benéficos, sua implantação não foi bem a aceita na sociedade da época, dando início ao movimento conhecido como Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro, por motivo de descontentamento com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola pela população. Na sociedade contemporânea, em outro contexto o problema da desinformação ainda prevalece, mas muito menor em relação ao passado, tendo em vista o advento das tecnologias de informação no mundo. Por outro lado, o grande fluxo de informações segundo o sociólogo Jean Baudrillard, faz com que as pessoas busquem soluções mais simples sem complexidade e sem veracidade, surgindo assim os “Fakes News”, tem preocupado as autoridades em relação à cobertura vacinal no país, já que dados da Organização Mundial de Saúde, mostram que somente, em maio de 2018, foram registrados 995 casos de Sarampo no país, evidenciando o risco que é a população negligenciar a importância das vacinas.      Outrossim, é importante destacar que o Programa de Imunização do Brasil é um dos maiores do mundo, há vacinas destinadas a todas as faixas etárias. No entanto, baixas coberturas vacinais, de acordo com o Ministério da Saúde, tem sido um problema no país que influenciam para o reaparecimento de enfermidades já combatidas pelo País como o surto de Febre Amarela que afeta, principalmente, regiões do Amazonas e de Roraima, a maioria das cidades brasileiras com recomendação de vacinação contra a febre amarela não havia atingido a meta de 95% de cobertura. Nessa perspectiva, a ausência de políticas mais expansivas dificulta o supervisionamento das coberturas vacinais para locais mais necessitados.     Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de combater os desafios para garantir a vacinação no Brasil. Para tanto, cabe às instituições educacionais em parceria com ONGs, criar projetos sociais, por meio debates e palestras com especialistas, mensalmente em âmbito social, visando mostrar aos jovens e aos pais as reais funções e importância da vacinação que ajudará na prevenção de diversas doenças. Além disso, o Governo Federal mobilizar os gestores municipais para a criação de mais políticas públicas com intuito de melhorar a cobertura vacinal de rotina e durante as campanhas de vacinação, e monitorar sistematicamente a cobertura em cada estado e município, para que essa chegue aos territórios onde as pessoas não estão sendo vacinadas. Assim será possível superar os desafios em torno dessa problemática.