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Enviada em: 07/09/2018

No filme Doutor Estranho, elaborado pela Marvel, o personagem principal cria portais para proteger a Terra de seres perigosos existentes em outra dimensão. De maneira análoga, as vacinas foram criadas com o intuito de proteger os indivíduos contra doenças ocasionadas por determinados microorganismos, no entanto, apesar desse avanço da medicina, há cidadãos que promovem movimentos antivacinistas, e assim, geram agravantes sociais com dimensões imensuráveis.            Primeiramente, é válido apontar que o surgimento de tal movimento foi causado após estudos fraudulentos feitos pelo doutor Wakefield, o qual relacionou a vacina ao surgimento de autismo em crianças, a partir disso, esses ideais disseminaram-se entre grupos de cunho de moralista e religioso, cuja fundamentação argumentativa baseia-se em pesquisas sem comprovação expostas em redes sociais, local onde prevalece a era da pós-verdade e informações falsas são propagadas frequentemente. Em virtude disso, o uso da vacina é negligenciado e colabora para a expansão de doenças já erradicadas, principalmente o sarampo, pois as imigrações venezuelanas estão a contribuir para o retorno desse impasse em conjunto aos movimentos antivacinistas.           Nesse contexto, convém ressaltar o teórico Jacques Bossuet, que durante o século XVII, disse que a saúde depende mais das precauções do que dos médicos. De fato, essa afirmação confirma o uso da vacina como profilaxia para possíveis efemeridades, no entanto, regiões mais distantes dos centros brasileiros, sofrem com a mazela do Estado, visto que programas de vacinação apresentam-se escassos, e com ausência de remédios de defesa, assim sendo, os cidadãos detentores do desejo de se prevenir são prejudicados e submetidos ao maior risco de contrair doenças.          Cabe evidenciar, portanto, a necessidade de medidas para promover a adesão às vacinas. Assim, é preciso que o MInistério da Saúde em consonância ao Ministério da Eduacação, capacitem enfermeiros para ministrar palestras em instituições de ensino, visando explicar a origem, o funcionamento, e a eficácia das vacinas aos discentes, a fim de que ideias prejudiciais à saúde dos civis não continuem a propagar-se, bem como é necessário que esses mesmos orgãos passem a exigir a carteira de vacinação em dia como critério para a matrícula de crianças em escolas, e além disso, garantir que haja a quantidade de vacinas adequadas segundo a demanda de cada região. E dessa maneira, proporcionar-se-á o uso da vacina como meio de proteção da mesma forma que os portais do Doutor Estranho protegem a Terra na ficção.