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Enviada em: 01/10/2018

Com o advento do século XX e ascensão dos avanços medicinais, a vacina se tornou o método mais eficaz na prevenção de algumas doenças. Porém, no Brasil, relatos como a Revolta da Vacina são protestos contra esse meio, em razão da negligência e do receio por parte da população frente a essa imunização. Somado a essa problemática, a falsa sensação de segurança por parte dos brasileiros, contribuiu para redução no número de indivíduos vacinados. Por conseguinte, a partir das premissas supracitadas, doenças já erradicadas retornaram, causando diversas mazelas ao corpo social.       Mormente, é preciso considerar os discursos da sociedade. Ideias de que a vacina pode ser prejudicial, provocou várias manifestações contra esse procedimento em 2017 na Itália, o que acentuou pequenos surtos de Sarampo em algumas cidades do país. Sob reflexo, no Brasil, os efeitos colaterais adversos, entre eles a febre, gerou grandes correntes que refutam esse ato. Além desse pensamento, o senso comum diante desse tipo de prevenção, por julgarem ineficientes, também contribuiu para sua não efetividade. Como por exemplo, uma criança que fora vacinada contra catapora, pode posteriormente a adquiri-la, porém, os indivíduos não estão ciente de que essa forma viral é menos agressiva quando comparada a mesma patologia de um cidadão que não recebeu a imunização.        Outrossim, cabe pontuar as ações civis. Aos que consideram um bom método de prevenir doenças, ainda existem entre esses, os que não a fazem por ter a sensação de segurança. Enfermidades como Sarampo e Poliomielite já foram erradicadas, contribuindo para que o corpo social trate a temática com irrelevância, ou até mesmo com pensamentos voltados para sua inexistência. Partindo das premissas supracitadas, os resultados dessa conjuntura fez o Brasil enfrentar, em 2016, o aumento da taxa de mortalidade infantil, segundo o Ministério da Saúde. Ademais, a imunização generalizada evita a proliferação de determinados vírus, reduzindo as chances de contração em certos cidadãos que estão incapacitados de receber a vicina, como é o caso das gestantes perante a vacinação contra a rubéola.       Urge, portanto, a necessidade de mudanças que minimizem tal problemática. Para isso é preciso que o Estado, por parte do Ministério da Saúde, promova convênios com instituições acadêmicas, formulando debates interdisciplinares entre biologia e sociologia, sobre a importância da vacina tanto para o cidadão quanto para o coletivo e desmistificando as ideias sobre esse procedimento, além de garantir nessas escolas a vacinação, ratificando a existência de uma sociedade com qualidade de vida. Faz-se necessário ainda, que os níveis midiáticos em parceria com organizações não governamentais, viabilize na televisão aberta, curtas-metragens com depoimentos de vítimas das doenças que podem ser evitadas com a vacinação, estimulando essa prática de maneira generalizada.