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Enviada em: 28/09/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a dificuldade de vacinar o povo brasileiro, atualmente, verifica-se que esse ideal iluminista é contatado na teoria e não na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura  negligente  para a sociedade.       Ademais, é indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, "a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade". De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a irresponsabilidade e a ignorância das pessoas que não vacinam nem a si mesmas e nem aos filhos por superstições ultrapassadas, do período da Revolta da vacina, quando a população pensava que a vacina adoecia os pacientes, rompe essa harmonia, haja vista que o Programa Nacional de Imunização Datasus, na cobertura das vacinações, evidenciou que a partir de 2016 as vacinações  estão abaixo da meta mínima de 95% da população.       Outrossim, destaca-se a situação de pessoas que moram em áreas inacessíveis, como partes da Amazônia, que não tem acesso à internet e a muitas informações a respeito das vacinações como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridades, generalidades e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o próprio povo, por não ir voluntariamente aos pontos de vacinação age em detrimento da saúde e deixam o país à mercê de possíveis surtos de doenças.        Diante do exposto, é evidente, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Desta maneira, o Ministério da Saúde deve aplicar multas aos que não tiverem justificativas válidas para não tomarem vacinas. Depois de alguns anos, com as arrecadações das multas poderá ser colocado em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia o uso de sistema biométrico nas vacinações, para organizar mais facilmente os dados e a criação de transportes fluviais para obter aumento no número de vacinações em áreas de difícil acesso. Como já dito pelo filósofo Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele". Logo, o Ministério da Educação(MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam e combatam a rejeição a respeito da vacina, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como no mito da caverna de Platão.