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Enviada em: 27/09/2018

Informar para vacinar  De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, visto que que um dos direitos fundamentais à vida, a saúde, enfrenta um enorme problema no ressurgimento de surto de doenças que outrora foram controlados, devido à falta de vacinação e a má gestão dos recursos.    É importante pontuar, de início, que um dos principais fatores que contribuem para o reaparecimento dessas doenças é a ausência de vacinação devido a falta de acesso à informação. Não é recente que problemas relacionados a falta de imunização da população sejam uma barreira para o desenvolvimento de nossa sociedade, fato evidenciando na história do nosso país com a "A revolta da Vacina", movimento contra a campanha de vacinação liderada pelo médico Oswaldo Cruz, esta revolta foi um importante marco para divulgação dos métodos de imunização, que a princípio enfrentaram uma grande rejeição por parte da população que não tinha conhecimento sobre os benefícios da vacina, fato ainda presente nos dias atuais em algumas parcelas do território nacional.      Além disso, outro entrave para imunização da população e consequentemente melhoria da saúde, é deficitária administração dos recursos. Devido a situação econômica do país, a saúde vem sofrendo com reajustes que impactam muito a saúde pública e, por conseguinte as campanhas de vacinação. Em virtude disso que nos últimos anos acendeu-se o alerta para os problemas relacionados a imunização, principalmente, pelo surto de febre amarela ocorrido em 2016, mostrando a importância de manter os recursos destinados a essas campanhas e da necessidade de fiscalização dos recursos, que são um direito da população como explicitado no Art. 5º da Constituição Federal.     Urge, portanto que o Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias estaduais e municipais de saúde, intensifiquem as campanhas de vacinação e adesão da população. Por meio de novas regras de acesso tanto as escolas quanto a programas sociais, de modo que só se tenha acesso pleno a estes se estiverem devidamente vacinados, em paralelo a isso veicular na mídia campanhas mais sólidas que mostrem a importância da vacinação para a saúde da população. O Ministério Público deve criar comissões que fiscalizem os recursos destinados a saúde, à fim de evitar desvios ou má gestão desses. Assim garantiríamos um desenvolvimento mais articulado da saúde, bem como a ideia de "corpo biológico" como imaginado por Durkheim.