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Enviada em: 02/10/2018

A Revolta da Vacina foi uma insurreição popular ocorrida no Rio de Janeiro no início do século XX. A revolta aconteceu como forma de reação popular à campanha de vacinação obrigatória contra a varíola - posta em prática pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Nesse sentido, por mais que conflitos como esse não tenham voltado a ocorrer no Brasil, a vacinação dos brasileiros de forma integral ainda é um desafio, e esse quadro é reflexo de uma população pouco informada e negligente que já está começando a lidar com as consequências desse descuido.       Em primeiro âmbito, de acordo com a médica familiar e professora da Universidade de São Paulo, Cecília Prado, são nos períodos de surtos que as pessoas realmente se preocupam com a vacinação, ou seja, na maioria dos casos, é apenas quando se têm exemplos próximos e visíveis de infectados por determinados organismos patológicos que a preocupação ocorre de fato e a busca por formas de proteção aumenta. Dessa forma, doenças consideradas erradicadas são negligenciadas, e estados como Roraima e Maranhão já estão sofrendo com os resultados dessa imprecaução, visto que notificaram quase mil casos de pessoas em condição de sarampo, de acordo com o Ministério da Saúde - doença considerada superada desde 2016.       Em segunda análise, apesar dos investimentos em campanhas de vacinação terem crescido, de mais ou menos 700 milhões para 4,5 bilhões, segundo o Ministério da Saúde, uma grande parcela da população não tem noção da importância da vacinação para prevenir inúmeras doenças, as épocas mais importantes para se buscar essa forma de prevenção e como ter acesso a ela, sendo necessárias medidas que modifiquem esse quadro.        Portanto, fica evidente a necessidade do Ministério da Educação, através das escolas, promover debates e palestras, ministradas por profissionais da saúde, direcionadas a toda comunidade escolar, que orientem sobre a importância de se prevenir infecções através da vacinação, para que doenças erradicadas, como a poliomelite, rubéola, entre outras, não reapareçam. Além disso, para que públicos variados sejam alcançados, o Governo deve direcionar uma quantia monetária maior ao Ministério da Saúde, proveniente principalmente dos altos impostos cobrados da população, para que ele possa investir em mais campanhas de informação, expostas em diferentes meios de comunicação, como televisão e internet, em diferentes horários, visando a superação desse caso de saúde pública.