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Enviada em: 24/10/2018

Na Revolta da Vacina, o desconhecimento levou a população carioca a  recusar essa medida preventiva. Desde então, após adotar campanhas de conscientização, o Brasil erradicou uma série de patologias. Contudo, a recente diminuição da cobertura vacinal fez com que essas doenças reaparecessem. Nesse contexto, cabe analisar como os movimentos anti-vacina e a crise brasileira têm contribuído para a problemática.       Inicialmente, cabe destacar o crescimento da falta de consciência coletiva. Apesar de a vacinação ser prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, algumas famílias têm se recusado a vacinar seus filhos, seja por motivações religiosas ou por pseudo métodos alternativos. Por conta disso, esses indivíduos tornam-se transmissores em potencial de doenças contagiosas, o que coloca outras pessoas em risco. Entretanto, viver em sociedade presume que os ideais individuais não ameassem o bem coletivo, o que torna a vacinação algo essencial para a convivência.        Por outro lado, no que tange ao Estado, a saúde pública não é uma de suas prioridades. A crise econômica e política têm levado o governo brasileiro à adoção de medidas que não atendem as necessidades do povo, onde a luta pelo poder é mais importante que a população. Por conseguinte, a aprovação da PEC 241 que limita os gastos públicos por 20 anos em setores básicos como a saúde, ocasionou a diminuição de campanhas de vacinação e o cancelamento de envio de verbas para municípios. Assim, locais ficaram expostos e foram atingidos com a atual migração venezuelana de indivíduos com sarampo.       Fica claro, portanto, que a vacinação é uma ação entre indivíduo e Estado. Desse modo, o Ministério da Saúde deve institucionalizar um mês no ano em que agentes de saúde visitarão casas e escolas verificando os cartões de vacinação e instruindo aqueles que não estão com estas em dia. Ademais, o corpo legislativo deve revogar a PEC 241 e enviar verbas para locais que têm recebido imigrantes infectados, para eles que recebam tratamento adequado. Assim, erradicaremos mais uma vez essas doenças.