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Enviada em: 06/10/2018

Em 1796, o médico inglês Edward Jenner realizou uma série de pesquisas e experimentos que resultou na criação da primeira vacina contra a varíola. Desde então, um conjunto de estudos sobre esse método de imunização vem sendo desenvolvido e aplicado na maior parte dos países, levando à erradicação de várias doenças ao redor do mundo, como sarampo e poliomielite. Contudo, a campanha de vacinação no Brasil encontra grandes desafios para se expandir, como a desinformação acerca das vacinas que resulta, consequentemente, na propagação de notícias falsas sobre esse tema.          Em primeiro plano, é importante observar que uma parcela da população, por não ter contato com informações a respeito do funcionamento e dos benefícios da vacina, escolhe não injetar algo que desconhece. Nesse sentido, essa escassez de informes torna-se um empecilho para a campanha de vacinação à medida que leva os indivíduos não só a ficarem alheios às vantagens da vacina, como também a sentirem medo por algo que deveria trazer segurança para as pessoas. Exemplo disso foi a chamada "Revolta da Vacina", na qual os cidadãos, desinformados e obrigados a se vacinarem, rebelaram-se contra as medidas impostas pelo governo brasileiro. Assim, fica evidente que a falha na comunicação pode levar à diminuição do número de vacinados e, até mesmo, ao combate à vacinação.        Em consequência dessa carência de dados para a população, muitos grupos antivacinais aproveitam esse cenário para propagar notícias falsas acerca dessa forma de imunização, afirmando ser um método desnecessário e que contribui para o desenvolvimento de outras doenças no organismo. Essas "Fake News", além de influenciarem muitos indivíduos desinformados a terem pensamentos equivocados sobre a forma como funcionam as vacinas e suas contribuições, desvalorizam todo um conjunto de pesquisas resultante do trabalho coletivo de diversos profissionais da área da saúde. Dessa forma, essas notícias inverídicas são, também, um desafio para a vacinação no país.        Evidencia-se, portanto, que a falta de informação e a propagação de notícias ilegítimas são obstáculos para que a vacinação seja uma campanha eficiente no país. Desse modo, cabe ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação atuarem em conjunto para solucionar essa problemática. Para isso, o Ministério da Saúde deve elaborar publicidades que informem à população a respeito do funcionamento e das vantagens da vacina. O Ministério da Educação, por sua vez, precisa acrescentar, na grade escolar, aulas e palestras sobre esse processo de imunização que envolve antígenos atenuados. Essas medidas visam informar a população com dados baseados em pesquisas e estudos confiáveis, evitando, dessa maneira, que os indivíduos assumam como verdade uma notícia falsa. Sendo assim, a campanha de vacinação, sem esses empecilhos,  poderá ser ampliada no país.