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Enviada em: 03/10/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem estar social. Nesse contexto, não há duvidas de que a vacinação dos brasileiros é um importante passo para a garantia desse direito. No entanto, o país enfrenta certos desafios à cerca dessa temática; o qual ocorre, infelizmente, devido não só à má utilização de recursos, mas também aos preconceitos contra a vacinação, necessitando-se de medidas para atenuar os entraves.       Apesar do Ministério da Saúde afirmar que há uma crescente disponibilidade de recursos para a vacinação, percebe-se que há uma má administração do dinheiro público. Nesse sentido, é comum ouvir notícias de que faltam vacinas em determinados municípios ou que elas estragam devido ao mau planejamento de transporte, além de campanhas que não mostram a real necessidade do ato de se vacinar, informando a população e quebrando mitos. Desse modo, vários cidadãos ficam à mercê de doenças e da falta de informação.       Outrossim, Dados do Programa Nacional de Imunização revelam que em menos de 2 anos houve uma queda de aplicações de quase 20% de doses de vacinas contra a poliomelite. Nesse âmbito, os dados revelam uma infeliz realidade no Brasil: o preconceito contra a vacinação tem crescido. No século XX, por exemplo, a Revolta da Vacina mostrou a baixa informação das pessoas quanto à vacinação. Hodiernamente, esperava-se uma maior clareza dos cidadãos, mas a crescente onda de noticias falsas e teorias conspiratórias nas redes sociais têm estimulado a desinformação e não vacinação da população, ferindo o direito de outros cidadãos à saúde, pois precisa-se que todos estejam imunizados para o não avanço de doenças.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Saúde a distribuição e manejo adequado das vacinas, por meio de estudos estatísticos que mostrem quais áreas precisam de mais vacinas e pela compra de equipamentos que garantam mais vida útil a esse produtos medicinais, para minimizar as perdas e respeitar o direito de todos os cidadãos à saúde. Além disso, cabe às redes sociais atenuar o surgimento e compartilhamento de noticiais falsas e teorias que desinformam a população no ambiente virtual, fazendo isso por intermédio de campanhas informativas, as quais mostrem os reais benefícios da vacinação e que tirem as duvidas dos internautas. Dessa forma, criar-se-á uma sociedade mais consciente dos seus direitos e deveres.