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Enviada em: 04/10/2018

Devido à baixa das coberturas vacinais de doenças como caxumba, rubéola e sarampo, algumas das quais já haviam sido erradicadas no Brasil, agora voltam a causar preocupação entre profissionais da saúde. Dos diversos fatores que contribuem para tal acontecimento, destacam-se dois: a presença da evasão escolar no Brasil e a recusa de alguns pais em vacinar seus filhos.  Os altos índices do primeiro não permitem a obrigatoriedade da vacinação da população. Nos Estados Unidos, por exemplo, tais níveis são muito baixos, o que fazem com que as escolas e universidades norte americanas não permitam a realização da matrícula de crianças e jovens que não são vacinados. Como a realidade brasileira não é essa, não se pode exigir o cartão de imunização completo quando aceitando ou não os registros de possíveis alunos em instituições de ensino.  Já o segundo é proveniente de julgá-los saudáveis ou do medo de reações adversas. Na Grã-Bretanha, por exemplo, houve um ferrenho debate no fim dos anos 90, quando um médico sugeriu, em um estudo, uma ligação entre a vacina tríplice viral e casos de autismo. Tal argumento de autoridade faz com que a decisão dos pais, mesmo desconfiando que errada, seja apoiada. Essa opção afeta grandemente o número de pessoas protegidas contra doenças transmissíveis, mas previsíveis, criando grupos suscetíveis.  Por fim, pode se dizer que os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros está na mãos não somente do Governo como da população, que deve urgentemente perceber a necessidade e agir a favor da imunização. Então, para incentivar a mesma a atingir as metas pré-estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde, o Governo deve trabalhar nas escolas, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio de campanhas de conscientização, para atingir crianças e jovens e lembrar as famílias sobre o perigo do retorno de doenças já erradicadas. Caso isso não ocorra, é possível que doenças antigas voltem a assombrar a população não somente do Brasil, mas do mundo.