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Enviada em: 04/09/2018

Na antiguidade, o homem aprendeu que a água suja e o acúmulo de lixo disseminam doenças. Assim, era preciso desenvolver algumas técnicas para obter água limpa e livrar-se dos resíduos. Foi assim que se deu início a ideia de saneamento básico. No entanto, hodiernamente, embora o Brasil tenha avançado em medidas sanitárias desde o Período Colonial, momento em que houve o primeiro registro de saneamento no país, apenas metade da população possui acesso ao saneamento. Tal fato é devido à falta de planejamento adequado e ao volume insuficiente de investimentos pelo Estado.       A priori, convém lembrar que, segundo os dados divulgados em 2017 pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), dez anos após a Lei do Saneamento Básico entrar em vigor no Brasil, metade da população do país continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário. Em consequência disso, ao refletirmos criticamente sobre o descaso do governo em prover tal estrutura tão elementar à população, a saúde dos cidadãos é posta em risco, haja vista que a falta de saneamento básico cria o cenário ideal para que doenças comprometam a vida dos brasileiros.        Não obstante, sob outro viés, é de fundamental importância discutir a saúde ambiental frente às negligências de políticas públicas efetivas do Estado. A coleta e o destino correto do lixo são peças essenciais que vão além de deter a multiplicação de vetores de patologias, pois o descate incorreto flui para rios e acaba contaminando a água limpa e, por consequência, coloca em risco a vida de espécies desse meio. Logo, fica evidente que o não comprometimento do governo em ações permanentes e efetivas a fim de reduzir tais índices, põe toda biodiversidade em ameaça.        Visto isso, faz-se necessária a reversão de tal contexto. Para isso, é preciso que o Governo Federal aplique os projetos vigentes de medidas sanitárias às cidades, por meio de investimentos sólidos e de manutenções preventivas na rede de esgoto, a fim de que se reduza eficientemente as taxas do cenário atual e haja um melhor bem-estar dos cidadãos. Somado a isso, cabe às prefeituras das cidades, aliadas a ONGs ambientais, mapearem os locais em que há contaminação e vistoriar eventuais acidentes, por meio de equipes de fiscalização, com o objetivo de planejar as melhores maneiras de recuperação das áreas afetadas e atenuar riscos ecossistêmicos.