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Enviada em: 05/09/2018

Durante a Idade Média, em razão do pouco conhecimento da sociedade, a população possuía péssimas condições sanitárias, tornando-se propícias a desenvolverem patologias. Essa perspectiva assemelha-se à situação de muitos brasileiros hodiernamente, visto que, devido à negligência estatal e à passividade da sociedade civil, o saneamento básico é precário, provocando más consequências para a população. Nesse sentido, é necessária a promoção de ações sócio-políticas, com o fito de amortizar os desafios para melhorar a questão sanitária brasileira.               Em primeiro plano, cabe pontuar que a ineficiente atuação estatal é uma das responsáveis pelo desenvolvimento dessa situação conflituosa. Tal fato ocorre, pois, consoante à Tese Marxista, o Estado prioriza os interesses da classe dominante, menosprezando as necessidades das minorias. Por esse motivo, os investimentos financeiros nas obras de saneamento básico, como tratamento de esgoto e disponibilidade de água tratada, são, principalmente nas periferias, menosprezados, já que a população economicamente abastada já possui acesso acesso a tais serviços. Destarte, grande parte dos brasileiros, devido às precárias condições sanitárias, tornam-se propícios a adquirirem doenças, como a cólera e hepatite A.              Outrossim, o comportamento passivo da sociedade civil fomenta a precarização do saneamento básico brasileiro. Essa problemática acontece, porque grande parte populacional, em função da falha instrução recebida, possui baixo conhecimento acerca da importância do serviços básicos de saneamento para a saúde pública e para o bem-estar social. Nessa perspectiva, como a sociedade tende a incorporar as estruturas sociais de sua época, conforme dito pelo sociólogo Pierre Bourdieu, as pessoas passam a menosprezar a necessidade do saneamento básico, não exigindo dos representantes políticos a efetivação dos seus direitos básicos. Desse modo, há a proliferação da poluição dos corpos hídricos e do aumento da vulnerabilidade ao desenvolvimento de patologias.                Diante dos fatos supracitados, é necessário, portanto, que o Legislativo desenvolva o sistema de saneamento básico do Brasil, por meio da potencialização dos investimentos financeiros, principalmente nas áreas periféricas, nas obras de tratamento de água e esgoto, com o intuito de fornecer melhor qualidade de vida para a população. Ademais, cabe à mídia, em parceria com ONGs, estimular a mobilização social, por intermédio de propagandas estimulantes e cartilhas educativas expostas nas redes sociais, para que a sociedade civil passe a pressionar os órgãos estatais em prol da efetivação do direito ao acesso ao saneamento básico.