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Enviada em: 06/09/2018

A partir do século XVIII, desde os processos denominados "Revoluções Industriais" e ascensão do capitalismo, o mundo vem priorizando produtos e mercados. Nessa perspectiva, mesmo com o avanço tecnológico a prestação de serviços de saneamento básico encontra dificuldades em tornar-se acessível a todos. Diante disso, convém realizar uma análise crítica sobre essa problemática.   Em primeiro lugar, por efeito da elevada desigualdade social, alguns lugares desfrutam de uma excelente infraestrutura diferentemente de outros. Desse modo, o geógrafo crítico Miltom Santos classifica-os como territórios luminosos ou opacos, estes ao contrário daqueles são carentes de atenção tanto governamental, quanto de capitais. Sendo assim, isso se traduz em uma negligência lamentável das necessidades básicas de uma grande fração da população por parte dos governantes.   Nesse sentido, inúmeras doenças, aparentemente de fácil contenção, encontram nesses locais, onde sistemas de coleta e tratamento de esgoto são precários ou inexistentes, um perfeito ambiente para, infelizmente, se proliferarem. Dessa forma, diversos brasileiros são impactados negativamente por causa desse problema, segundo o jornal O Globo, cerca de 100 milhões de pessoas ainda não estão inseridas em projetos de tratamento de dejetos humanos. Logo, este fato, indubitavelmente, confirma o pensamento de Miltom sobre o descaso do Estado com uma, considerável, parcela da nação economicamente mais frágil.   Portanto, para resolução desse impasse, o governo deve investir fortemente não só na ampliação, como também na reestruturação dos sistemas de saneamento básicos do país por meio de parcerias com empresas privadas através de abatimentos nos impostos delas. Espera-se, com isso, diminuir a propagação de patologias, além de fornecer condições de mais salubres a vida dos indivíduos.