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Enviada em: 08/09/2018

Desde o surgimento do capitalismo moderno, esse sendo um conceito analítico em Weber e não um fenômeno historicamente datado, que as questões referentes à qualidade de vida do corpo social vêm sendo discutidas. Porém, mesmo com o avanço da civilização, a população brasileira hodierna, como em uma narrativa Kafkiana, assiste perplexa aos desafios para melhorar o precário saneamento básico brasileiro. Isso ocorre em virtude da ineficiência educacional em consonância com a deficiência coercitiva do Estado.       Com efeito, a mediocridade no ensino das medidas que visam a conservação e melhoria do meio ambiente aumentam o problema. É possível constatar esse fato ao notar que, na Base Comum Curricular, não estão inseridas disciplinas que versem sobre a conscientização dos fatores nocivos ao bem-estar físico, mental e social dos indivíduos. Dessa forma, como analisa o filósofo Foucault, o ensino apresenta-se de maneira mecanicista, em vez de social.       Outrossim, mesmo que a Constituição Cidadã de 1988 tenha gerado grandes avanços sociais, no Brasil, muitas localidades ainda sofrem com a péssima qualidade dos serviços de saneamento. Como preconiza Karl Marx, as condições materiais de uma estrutura social condicionam a relação entre os seus componentes. Assim, o Estado, detentor dos mecanismos capazes de oferecer uma vida de qualidade à população, falha em sua função social.       Associando, portanto, a ineficiência educacional e a deficiência coercitiva do Estado, têm-se os desafios para melhorar o precário saneamento básico no Brasil. Para que isso seja resolvido, torna-se imperativo que ONGs, em sua função social, promovam campanhas em instituições públicas e privadas, bem como nas localidades que apresentam um ineficiente saneamento, a fim de orientar a população acerca do destino adequado do lixo, distribuição e tratamento de água, tratamento de esgoto etc, com o fito de erradicar os problemas causados pela falta de tais medidas. Além disso, o Estado, com o devido uso das verbas públicas, deve ampliar os investimentos públicos nas áreas necessitadas, melhorando a qualidade do saneamento, assim como criar um canal on-line que compartilhe com a população as devidas medidas para a conscientização e construção de um ambiente que ofereça qualidade de vida.