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Enviada em: 09/10/2018

A discussão sobre o melhoramento no saneamento básico tornou-se mais comum no Brasil. Esse fato é reflexo no aumento de doenças ligadas ao acúmulo de lixo e ao irregular deposito de resíduos orgânicos na natureza. Essa problemática ocorre devido ao precário sistema educacional brasileiro, pautado na competitividade, como também ao posicionamento do Estado diante desse infortúnio.           A princípio, nota-se que a educação no Brasil é conteudista, mecanizada. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Dessa forma, o conceito de cidadania e participação social deixa a desejar na formação educacional dos jovens brasileiros, os quais ausentes de uma educação crítica e estimulados pela mídia acabam tornando-se consumidores compulsivos de bens de consumo não degradável, que descartados de forma desordenada acaba criando lixões e, consequentemente, piorando o sistema de saneamento básico na região do deposito irregular.       Em segundo plano, o posicionamento do Estado também cumpre papel relevante para precariedade do saneamento básico no país, pois um dos  primeiros passos para o melhoramento das cidades, ocorrida durante o governo do presidente Rodrigo Alves, na República Velha, marginalizou milhares de brasileiros, jogando-os nas periferias, hoje, constituídas, em sua grande maioria, por favelas e comunidades sem as minimas condições de moradia, como, por exemplo, a ausência de água encanada e rede de esgoto residencial. Esse fato, infelizmente, perdura até os dias atuais em boa parte das cidades brasileiras, à exemplo disso podemos destacar as favelas do Rio de Janeiro.          Por fim, é necessário que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a precariedade do saneamento básico no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde deverá, junto às escolas, desenvolver projetos educacionais, como a semana do meio ambiente, com estudos de casos e peças teatrais que possam conscientizar os jovens sobre a importância do deposito de lixo de forma adequada, acabando, assim, com os lixões, como também o Ministério do Desenvolvimento, desenvolver políticas de incentivo às empresas, que possam levar redes de esgoto e água encanada nos bairros que iram surgindo com o crescimento das cidades.