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Enviada em: 29/09/2018

Estima-se que a peste negra, ocorrida no fim da Idade Média, dizimou um terço da população do continente Europeu. Anos mais tarde, a causa da peste negra foi identificada como uma bactéria transmitida através das pulgas dos ratos, que encontraram condições ideais de reprodução nas aglomerações urbanas da época, uma vez que o saneamento básico era praticamente inexistente, com esgoto a céu aberto nas cidades e povoados. Porém, apesar da conhecida necessidade de serviços de saneamento, algumas capitais do Brasil tem índices de apenas 5% de esgoto tratado, segundo o IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística). Por isso, é imprescindível a democratização do acesso aos serviços de saneamento básico no Brasil, visto que tais serviços estão diretamente ligados à Saúde Pública e proteção ambiental.    Primeiramente, saneamento sanitário é definido pela Legislação brasileira como o conjunto de serviços e infraestrutura para distribuição de água, tratamento de esgoto e destinação correta do lixo. Nota-se que esses cuidados atuam como profilaxia de inúmeras doenças, como diarreia, leptospirose, dengue e malária. Uma das maiores causas de mortalidade infantil é a diarreia, visto que é responsável por 40% das internações hospitalares de crianças no mundo e a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que é de fundamental importância para a redução desses índices o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário adequado.    Ademais, os baixos índices de tratamento de esgoto causam a contaminação de rios, lagos, lençóis freáticos e do solo, contaminando à água que será utilizada pela população, caudando doenças e prejudicando o plantio. Além disso, apesar de haver leis proibindo, o lixo muitas vezes é deixado em lixões à céu aberto, em que é produzido o chorume, o que também contamina o solo e os rios. As leis contra os lixões não são compridas por falta de orçamento para a construção de aterros sanitários que impedem a contaminação ambiental e é o melhor destino para o lixo.   Se faz necessário, portanto, maiores esforços do Governo Federal para melhorar os índices de saneamento básico no Brasil. Para tanto, o Plano Nacional de Saneamento Básico deve receber uma porcentagem maior dos investimentos públicos, visto que sua devida implantação irá diminuir os gastos com Saúde. A população deve fazer sua parte, cobrando das prefeituras a construção de Aterros Sanitários, rede de esgoto e tratamento de água. A mídia e as escolas devem também mostrar a importância de cuidar do meio ambiente, para que a população para de jogar lixo nos rios e bueiros, evitando enchentes. Com todas as esferas sociais envolvidas, o Brasil conseguirá alcançar índices satisfatórios de saneamento básico, trazendo mais saúde para a população.