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Enviada em: 28/09/2018

Luz à racionalidade  Em uma das vertentes do Iluminismo — movimento social revolucionário do século XVIII — previa-se que o futuro seria caracterizado pelo bem estar social face aos diversos avanços técnicos. Entretanto, atualmente, a vigência do precário sistema de saneamento básico no território brasileiro opõe-se às premissas antecipadas no século das luzes. Urge, portanto, inquirir à problemática em consonância aos agentes sociais envolvidos.  Sob esse viés, é consistente frisar que a falta de acesso à infraestrutura urbana possui cunho antagônico: ora pela consolidação de políticas públicas que visam a atenuar a pauta, ora pela falha de execução na administração de obras públicas. Prova disso são dados do ''Instituto Trata Brasil'', aos quais apontam a fragilidade em concluir ações governamentais que tendem a promover a inserção de recursos essenciais e necessários em áreas carentes de infraestrutura, como o tratamento, a curto prazo, de água potável. Diante disso, cabe aos órgãos governamentais terem como base a própria Constituição Brasileira de 1988 — que assegura aos indivíduos o direito ao saneamento básico — a fim de concretizar as políticas idealizadas.   Outrossim, convém ainda analisar que a deficiência de limpeza urbana também perpetua-se a partir da intransigência da sociedade civil em relação ao meio ambiente. Isso se evidencia pela presença de materiais e artifícios pessoais despejados em áreas públicas, que podem acarretar ao aumento de malefícios coletivos, como a proliferação de doenças provindas da falta de higiene. Em suma, tais fatos supracitados podem ser explicados pela ''Teoria da Modernidade Líquida'' do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que expõe a crescente variável no que tange ao afastamento dos cidadãos de medidas filantrópicas, como a preservação da natureza, na pós modernidade.   Em síntese, indubitavelmente, faz-se preciso a adoção de medidas que pretendam amenizar as complicações propostas pela ausência de saneamento básico e cumprir o que prevê a Carta Magna. Dessa forma, seria necessário, por parte do Governo Federal, a introdução de campanhas de obras públicas imediatas, com inicio em áreas menos favorecidas, a fim de gerar uma condição de vida mais adequada aos que precisam. À mídia, por sua vez, como forte poder de influencia, compete promover a intensificação de ações sociais que visam a conscientizar os indivíduos a não depositarem dejetos em zonas públicas inapropriadas, por meio da abrangência da pauta em intervalos de novelas. Logo, seguindo tal iniciativa, gradualmente, seria visível a diminuição dos desafios que promovem a falta de saneamento básico, tornaria cidadãos mais responsáveis no âmbito ecológico e daria luz a uma perspectiva iluminista.