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Enviada em: 29/09/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração dos direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito a saúde e ao bem-estar social. Porém, lamentavelmente, o estado alarmante de precariedade do saneamento básico brasileiro impossibilita que uma parcela da população usufrua desse direito universal na prática. Nesse âmbito, é inegável que esses desafios devem ser superados para que a sociedade integral seja alcançada.         A saúde juntamente com a educação são os principais fatores no desenvolvimento de um país. Hodiernamente ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema nacional de saneamento básico eficiente. Contudo, à realidade é justamente o oposto, resultado desastroso que é claramente refletidos nos cenários mais carentes da população, onde a água tratada e a coleta de esgoto é ineficaz ou praticamente inexistente segundo dados de pesquisa realizada pela Agência Nacional de Água (ANA). Desse modo, torna-se fundamental intensificar investimentos públicos à curto prazo no que tange essa mazela.         Faz-se mister, ainda, salientar que a falta de informação acerca do tema pela população atua como um agente impulsionador do problema. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XXI. Diante de tal contexto, torna-se crucial a criação de um vínculo sólido entre governo e sociedade, construindo um elo de conhecimento à cerca da problemática enfrentada no país.        Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Dessa forma, urge que o ministério do meio ambiente por meio de cartilhas informativas e palestras ministradas por engenheiros ambientais em escolas publicas de ensino, demonstrem a necessidade de proteger nascentes e matas ciliares para que não haja lançamento de carga orgânica de esgotos em açudes, rios e oceanos. Concomitantemente a prevenção, investimentos se fazem necessários para que a universalização de esgotamento na área urbana do país seja uma realidade.