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Enviada em: 05/10/2018

De acordo com a história, os portugueses nunca tiveram a intenção de povoar o Brasil. A Metrópole - Portugal - sempre viu o território brasileiro como uma colônia de commodities e não tinha a intenção efetiva de criar cidades. Porém, com a ascensão de Napoleão Bonaparte e a invasão Francesa em Portugal, a Corte Portuguesa se viu obrigada a fugir e transformar o Brasil em um reino, bem como construir cidades às pressas, essa urbanização tardia refletiu em uma grande segregação espacial para os mais pobres. Essa segregação é refletida nos dias de hoje em benefícios básicos como, saneamento básico e água potável que não chegam à grande parte da população, sobretudo pela negligência do Governo e o Difícil acesso de algumas comunidades.  Sob o primeiro viés, cabe destacar que a política no país é quase sempre feita com base em reeleição, isso se mostra um problema, pois para conseguir uma reeleição é necessário aceitação da maior parte da população que é representada pela classe média. Essa camada da população é quem possui água potável e saneamento básico, devido a preocupação dos governos em mantê-los contentes. Nesse contexto, a classe baixa é quem mais sofre com esse desdenho governamental, e por não representarem a maioria econômica ficam expostos a diversos problemas de saúde, como a cólera, que poderiam ser evitados com obras de infraestrutura básica. Prova disso, é o projeto de saneamento básico - PLANSAB -  que o Brasil possui desde 2014, mas constantemente é adiado sob o pretexto de crise econômica. Entretanto em 2016 o Estado teve dinheiro suficiente para sediar uma Olimpíada, que ao contrário da classe baixa, não atrai a atenção da mídia.  Além disso, devido à má formação de cidades que o Brasil possui - como herança da sua urbanização tardia -  existem muitos locais que são inacessíveis aos caminhões de obras. Grande parte são favelas com ruas muito estreitas que não foram feitas pensando em obras de infraestrutura, elas são fruto da segregação espacial que o Estado brasileiro passou ao longo de suas repúblicas e ditaduras.  Fica claro, portanto, que são necessárias novas políticas de infraestrutura e uma mudança no modelo das eleições. Para isso, é necessário que o poder legislativo mude através de lei a possibilidade de reeleição de candidatos do executivo, para que, com isso, as políticas estatais visem menos a reeleição e mais o bem estar geral da população. Além disso é preciso também uma redistribuição imobiliária através de uma distribuição de imóveis vazios feita por decreto presidencial, que faça valer o direito constitucional de moradia, retirando essas famílias sem acesso à saúde básica - das favelas - e realocando elas em lugares que possam comportar as obras necessárias. Promovendo com isso, uma maior dignidade a essas pessoas e a erradicação de doenças nesse meio, como a cólera.