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Enviada em: 07/10/2018

Na obra "A peste", o escritor Albert Camus destaca a mudança na vida da cidade de Oran depois que ela é atingida por uma terrível peste, transmitida por ratos, que dizima sua população. De maneira análoga, esse livro retrata as dificuldades dos brasileiros que carecem do direito à saúde básica. Nesse contexto, não há dúvidas de que o saneamento básico é um desafio no Brasil o qual ocorre, devido não só à negligência governamental, mas também à expansão urbana sem o devido planejamento.                                  A princípio, a Constituição Cidadã de 1988 promove o acesso ao saneamento básico a toda população, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consonante Platão no livro "A república", a finalidade do Estado é facilitar o alcance do bem comum, logo esse conceito se encontra distorcido no Brasil à medida que a oferta não apenas de água potável, como também de infraestruturas especializadas no tratamento de esgoto não esta presente em todo território nacional, fazendo os diretos permanecerem no papel.       Outrossim, o ritmo acelerado da expansão urbana apresenta-se como outro fator preponderante à dificuldade na disponibilização dos serviços de saneamento. Nesse sentido, o Brasil não consegue acompanhar a contínua expansão das cidades, deixando os bairros carentes à deriva de doenças. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 60% das residencias localizadas em bairros pobres não possuem saneamento. Assim, uma mudança na gestão e distribuição de água de forma igualitária é fundamental para garantir a melhora do saneamento básico brasileiro.       Destarte, é de suma importância a criação de medidas para a resolução desse problema. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal criar leis que permitam a entrada de empresas privadas nos investimentos no setor de saneamento, permitindo uma sinergia entre Poder Público e iniciativa privada, garantindo assim um aumento da tecnologia e melhoria na distribuição e tratamento da água. Além disso, é imprescindível que ONGs e Escolas promovam palestras à fim de conscientizar a população mais carente de seus direitos básicos, incentivando essas pessoas a lutarem por uma condição mais justa e tenham sua dignidade humana preservada.