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Enviada em: 15/10/2018

O saneamento básico não está ligado apenas às tecnologias, mas também à cultura.No século XIV costumes como banhos com água compartilhada e descarte de dejetos nas ruas foram a causa da proliferação de vetores que culminou no surto de Peste Bubônica, tal que um terço da população foi morta.Todavia, esse incidente serviu como alerta para reaver a maneira de tratar os resíduos,porém é preciso avançar ainda mais nesta questão.Logo, fica claro a necessidade analisar os  verdadeiros desafios desse impasse.   A principio, é possível perceber que essa circunstância  deve-se a questões políticas estruturais.Afinal, segundo o professor da USP, Wagner Costa Ribeiro apenas 40% do esgoto é coletado e tratado no Brasil, pois em muitas cidades pequenas e principalmente em subúrbios ainda não há uma rede de tratamento de dejetos devido ao pouco investimento destinado a serviços essenciais.Com isso, sobrevêm as consequências como a redução da água potável,o aumento do processo de eutrofização refletido no surgimento de microalgas e ao sufocamento de peixes.   Outrossim, problemas com a precária qualidade da água, destino inadequado do lixo e aliado a fatores socioeconômicos e culturais acabaram tornando-se os responsáveis por gastos de R$105 milhões  por ano em internações por falta de saneamento de acordo com o Ministério da Saúde.Assim, nota-se que um dos motivos do gasto elevado em saúde é por falta de conhecimento,afinal é recorrente visto pessoas caminhando em meio a ruas alagadas sem se preocuparem com as possíveis afecções como a leptospirose,febre tifoide,cólera e as inúmeras outras doenças.   Por conseguinte, é evidente que os desafios da falta de saneamento básico exigem atitudes imediatas.Portanto, é imprescindível que a mídia, tenha um papel relevante ao divulgar campanhas e discussões sobre os efeitos da contaminação no meio ambiente aliado a premissa de fomentar o pensamento critico sobre os locais corretos de despejo.Ademais, o Ministério da Saúde deve notificar os municípios sobre o atual dilema das patologias relacionadas ao lixo com o intuito de criar projetos de infraestrutura de tratamento de efluentes, além de informar a população sobre os ricos de locomover-se em água contaminada com o objetivo de orientar as pessoas sobre quais medidas tomar nessa situação, afim de amenizar óbice.Já que, segundo o biologista Jonas Edward Salk, "Nada acontece por acaso. É uma questão de acúmulo de informações e de prática."