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Enviada em: 12/10/2018

No Brasil, a complexa e dilemática questão sobre o precário saneamento básico gera um debate a respeito da ineficiência pública em oferecer serviços essenciais a população. Frente a esse dilema, analisa-se que a deficiência em tratamento de água, esgoto e resíduos são alguns dos fatores colaboradores para disseminação de doenças e, ainda, as localidades mais pobres e carentes são as mais afetadas pela incompetência da gestão pública. Nesse viés, esses fatores contribuem para uma desconstrução do bem estar social, além de romper com o princípio de igualdade de direitos garantidos pela constituição.       Em uma primeira abordagem, tratamento de água, resíduos e esgoto são essenciais para evitar a proliferação de pragas, doenças, contaminação e poluição. Relacionado a isso, é dever do estado oferecer esses elementos dentro de uma sociedade, entretanto, a negligência desses fatores provoca um caos na saúde pública com o aparecimento de doenças que poderiam ser evitados caso houvesse uma democratização de acesso de serviços essenciais para a sobrevivência. Além disso, cerca de 50% da população brasileira não tem acesso ao tratamento de esgoto em todo país, de acordo com os dados divulgados pelo portal G1. Indubitavelmente, esse índice alerta sobre uma grande necessidade de expansão de projetos relacionados com o tema, com o objetivo contemplar de forma igualitária todas as partes da sociedade.       Ainda nessa linha reflexiva, diversas localidades mais remotas do país sofrem com o abandono do governo. Nesse viés, favelas e cidades interioranas são os lugares em que os cidadãos tem menos garantia de qualidade de vida, sendo omitidos serviços básicos públicos para a sobrevivência digna e humana, consoante aos pensamentos do Geógrafo Milton Santos. Ademais, as populações mais pobres não estão sendo beneficiadas pela justiça social, que, para além de tratar todos como iguais, proporciona a cada individuo a atenção e a importância que merece, percebendo suas necessidades coletivas e individuais.      Portanto, para democratizar e melhorar o saneamento básico no Brasil, é plausível a luta política e social por um maior direcionamento de recursos públicos das secretarias municipais de saneamento para áreas carentes em acesso à água de qualidade, esgoto tratado e lixo recolhido, com o objetivo de melhorar e expandir as condições de vida através da oferta de ações igualitárias para todos. Além disso, é urgente uma parceria entre ONGs e o Governo Federal com o intuito de promover coleta seletiva do lixo, limpeza urbana e o melhoramento de infraestruturas responsáveis pela captação de água e esgoto, tornando o ambiente digno e qualitativo para a sobrevivência.