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Enviada em: 14/10/2018

A Europa da Idade Média, caracterizada pelos casos de peste negra, era um local de higiene inconsistente, sem qualquer estrutura que visasse o bem-estar de sua população. De maneira similar, quando se analisa o precário saneamento básico, no Brasil, percebe-se que esse problema não ficou restrito ao período medieval europeu. Assim, a problemática persiste relacionada à realidade do país, seja pela insuficiência estatal, seja pela difícil, porém, não impossível, tarefa de expandir o saneamento para todas as regiões brasileiras.  Em primeiro lugar, destaca-se a ausência de ação do Estado para solucionar essa questão como uma das causas do entrave. Consoante a Aristóteles, a política deve ser usada de maneira que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Utilizando-se do ponto de vista do filósofo antropocêntrico, a aprovação de leis que contemplem a implementação do saneamento básico em escala nacional, tal como a de número 11.445, são ineficientes, já que não são postas em prática . Por conseguinte, o corpo social prossegue á mercê das mazelas oriundas do insustentável saneamento básico brasileiro.  Outrossim, vale ressaltar que a enorme extensão territorial brasileira corrobora para a permanência do imbróglio. Isso se deve ao fato de que a dimensão continental brasileira, composta por 5.570 municípios, fora as comunidades rurais, é um fator que dificulta a implementação de artifícios que garantam uma higiene adequada à essas esferas populacionais. Bom exemplo disso são as vilas mais afastadas dos centros urbanos, que possuem um tratamento de água e esgoto deficiente, fator atrativo de diversas doenças fatais.  É evidente, portanto, que há a necessidade de consolidar políticas que visem uma melhor qualidade de vida aos habitantes. Destarte, o Ministério das cidades, órgão governamental responsável pelo saneamento, deve priorizar o redirecionamento de verba estatal para a construção de estações de tratamento de esgoto e água nas regiões citadinas que mais necessitam desses serviços. O fito de tal medida  é atenuar as precárias condições de vida nessas regiões, primeiramente, para depois redirecionar a atenção para os centros menos necessitados, haja vista que o fundo financeiro estatal está bem limitado. Ademais, o Governo Federal, em parceria com construtoras, deve promover a construção de insumos que garantam uma atenção salutar às comunidades mais afastadas, levando em conta todas as regiões do Brasil, objetivando alcançar o bem-estar geral da população.