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Enviada em: 15/10/2018

Segundo Zygmunt Baumant, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida”, vivenciada durante o século XX. Analisando o pensamento do sociólogo polonês, essa realidade imediata perpetua-se com a precariedade do saneamento básico brasileiro, e em detrimento há vários fatores socioeconômicos que conduzem para atenuar a situação.       É incontestável que os aspectos governamentais estejam entre as principais causas da proliferação de doenças. De acordo com o artigo 3 da Constituição brasileira , explana o dever estatal de construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, dados relacionados a saneamento básico, mostram que a ação legal encontra-se distante da efetivação, haja vista que a mínima expressividade desse Estado, em vigor, no que tange atender a demanda de toda a população com relação ao tratamento do esgoto, destinação adequada e a prevenção de doenças que podem ser desencadeadas, a partir da exposição da população a águas ou ambientes contaminados.  Segundo o instituto Trata Brasil, apenas 52% do país possui cobertura de rede de esgoto, sendo que somente 42% são tratados.       Da mesma forma, evidencia-se a falta de investimentos no tratamento de esgoto como impulsionador do problema.Segundo Michel de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir ao público e ser útil as pessoas. No entanto, de maneira análoga ao pensamento do filósofo há uma negligência do Estado, principalmente nas regiões Nordeste e Norte, no qual a população tem menos poder aquisitivo de lhe dar com os problemas que possam a vim surgir e também, a atenção é voltada principalmente para os grandes centros industriais, no qual a apresentam uma maior demanda de rede de esgoto.       O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de melhorar o saneamento básico, deve tornar-se efetivo, posto que conflitos estatais e sociais garantem resistência ao problema. Destarte, cabe  as  prefeituras em parceria com o governo estadual e federal do Brasil,  que ajudem a direcionar o dinheiro dos investimentos aos lugares mais necessitados e ampliar a rede de esgoto, promovendo uma disseminação da importância deste tipo de serviço. Aliado a isso, deve contratar pessoais especializado para alertar  a necessidade de medidas profiláticas para prevenção através de  campanhas, palestras e distribuição de folhetos autoexplicativos, constituindo assim uma sociedade mais fiel aos princípios da Constituição.