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Enviada em: 14/10/2018

Segundo o instituto Trata Brasil, apenas 52% do país possui cobertura de rede de esgoto, sendo que somente 42% são tratados. Além de ser uma questão humanitária, o saneamento básico é também um índice de desigualdade social que se agrava cada vez mais com a crise fiscal vigente.       A falta de investimentos em infraestrutura é o que deixa o "mapa da água" tão fragmentado. O tratamento e as redes de esgoto são concentrados na região sul, sudeste e centro oeste, onde atuam grandes empresas, como Sabesp ou Copasa, que possuem suas contas relativamente equilibradas devido a alta demanda da população.       Uma alternativa do governo federal seria privatizar o setor, o que pouco teria efeito prático, já que esse movimento tem como fundamento exclusivamente a arrecadação com a venda de grandes estatais. Outro ponto seria que muitas empresas, como a Sabesp, já possuem o capital misto. O volume arrecadado tem foco no lucro dos acionistas e uma pequena parcela é direcionada a ampliação em áreas que não são tão lucrativas assim.       A grande questão da água é a falta de recursos e isso pode ser obtido com uma ampla reforma fiscal que pode ser iniciada pela previdência. O corte de privilégios, via medida provisória, executada pelo presidente da república, irá diminuir os gastos públicos e os recursos podem ser melhor direcionados com a retomada do Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) que dará prioridade aos municípios que não possuem grandes empresas especializas no ramo.