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Enviada em: 15/10/2018

Em meados do século XIV, no período conhecido como Baixa Idade Média, a Europa experimentou a perda de 1/3 de sua população, com uma epidemia de Peste Negra, que ganhou esse nome porque um de seus sintomas era o aparecimento de manchas negras pelo corpo. Por conta das péssimas condições higiênicas das cidades medievais, a doença proliferou-se rapidamente, atingindo um grande contingente de pessoas. No Brasil hodierno, porém, apesar das melhorias no setor de saúde, a deplorável administração de recursos referentes às questões de saneamento básico e a presença de uma população pouco instruída nessa área, observa-se o mesmo cenário medieval, com a propagação de patologias prejudiciais à sociedade.       A ocorrência de tais patologias refletem a precariedade desse sistema no Brasil. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2015, 49,7% dos brasileiros não tinham acesso à coleta de esgoto e apenas 42,6% dos dejetos gerados no país são tratados.       O Rio Tietê, que corta a Grande São Paulo, é um exemplo de como esses esgotos que não são tratados afetam a vida da sociedade. A mancha de poluição nele alcançou 122 km de extensão, trazendo à tona os problemas causados pela falta de saneamento básico.       Logo, verifica-se a necessidade de melhorar o sistema de saneamento básico brasileiro. O Governo Federal deve, através de meios de comunicação bastante utilizados pela população, como redes sociais e canais de televisão, informar a sociedade dos impactos que a falta de higiene causam na população. Além disso, os Governos Estaduais devem direcionar mais verbas para a construção de Estações de Tratamento de Esgoto acessíveis às cidades mais afastadas. Desse modo, pode-se afastar a realidade atual cada vez mais do cenário medieval, para que epidemias como a da Peste Negra não afetem os habitantes.