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Enviada em: 15/10/2018

"No meio do caminho tinha uma pedra" já dizia o escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade em um de seus poemas escritos em 1930, mas que, tal trecho, pode resumir uma das situações atuais mais precárias no Brasil: a falta de saneamento básico. Esse assunto aborda as mais variadas causas como, por exemplo: a escassa infraestrutura e, até mesmo, o desenvolvimento de enfermidades.        Análogo a isso, é possível de se observar que mais de 3 mil cidades brasileiras não possui nenhum tipo de planejamento para tratar água e/ou esgoto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa falta de estrutura está intimamente correlacionada com a intensa urbanização, fazendo com que as cidades "empurrem" o restante do município para as periferias - local onde há maior falta de uma política de planejamento. De certo que esse fato piora ainda mais a qualidade de vida dos moradores dessas precárias regiões.         Nesse viés, também se relaciona as doenças causadas por esse impasse. Segundo a Agência Brasil, no ano de 2017, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou no entorno de R$ 100 milhões somente em internações hospitalares de pacientes vítimas da falta de saneamento. Cólera, sarampo, dengue e problemas dermatológicos são algumas das doenças que mais afetam os moradores dessas áreas. Para ilustrar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu que, caso o saneamento fosse universalizado no Brasil, os gastos na área de saúde se reduziriam em R$ 1,4 bilhão por ano.         Levando tal assunto em consideração, entretanto, é necessário que haja medidas para resolver esse problemas. O ritmo lento nos índices de saneamento contraria o Plano Nacional de Saneamento Básico que, em teoria, tornaria total o acesso à água potável até 2030. Portanto, a existência de novos planos é um indicador importante, uma vez que eles são considerados as principais ferramentas de planejamento de políticas públicas. É cabível que todas as cidades tenham um plano de serviço de água, esgoto e lixo. De modo que a prefeitura elabore tal plano e que o Governo Federal o aprove. Em suma, essas atividades são de grande importância para a melhoria da qualidade de vida de parte da população, reduzindo enfermidades e problemas com abastecimentos. Por consequência, retirada será a pedra do meio do caminho.