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Enviada em: 16/10/2018

De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) , referentes a 2016, 55% do esgoto ainda é jogado diretamente na natureza, tendo-se o comprometimento da vida diária em questão. Embora o país tenha-se comprometido com a Organização das Nações Unidas (ONU) a universalizar os serviços de saneamento até 2030, a precariedade do planejamento é evidenciada.       Em primeiro lugar, os investimentos em infraestrutura para redes de saneamento são desiguais e contemplam em sua totalidade as grandes cidades brasileiras. Como exemplo, tem-se São Paulo, a metrópole do país, que apresenta grande parte dos investimentos; de acordo com dados do Instituto Trata Brasil, dos 11 bilhões liberados pelo governo federal, 4 bilhões concentram-se em investimento na capital paulista, o que se torna evidente uma realidade obscura de carência de investimentos nas demais cidades do país.         Além disso, deve-se ressaltar a relação de causa e consequência do saneamento básico com a saúde pública brasileira, pois há grande economia nos investimentos públicos em hospitais, quando há empenho governamental no investimento de serviços básicos e de direito do cidadão, como tratamento de águas, esgoto e ambientes revitalizados de infraestrutura. Ademais, a qualidade de vida da população, com a garantia dos serviços públicos adequados, possui impactos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pois, com os investimentos, a qualidade de vida apresenta-se em melhoria, e o desenvolvimento, crescente.           Infere-se, portanto que a falta de planejamento, juntamente com a desinformação são os principais desafios para a implantação de investimentos em saneamento por todo o país. Sendo assim, cabe ao governo federal, uma fiscalização sobre a gestão dos recursos públicos e planejamentos voltados para a implantação de redes de saneamento, a fim de atenuar a dispersão de doenças evitáveis, como disenterias, e garantir a população bem estar e um destino adequado aos impostos do cidadão.