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Enviada em: 17/10/2018

A falta de saneamento básico, comum nas periferias das grandes cidades, constitui uma das maiores problemáticas sociais brasileiras. Essa infeliz realidade coloca em risco a vida de inúmeras comunidades, tendo em vista a relação direta existente entre a falta de saneamento e a proliferação de doenças, em muitos casos, letais.     Primeiramente, é importante ressaltar que a sociedade tem o direito, garantido pela lei nº 11.145, de 5 de Janeiro de 2007, de ser amparado por um bom sistema de saneamento básico. Entretanto, o governo nacional aliado aos estaduais negligenciou por anos essa diretriz, comprometendo, assim, a saúde e a qualidade de vida da população. Em 2014, o Plano Nacional de Saneamento Básico enumerou que, garantido um orçamento inicial de R$508 bilhões, o Brasil só conseguiria democratizar a qualidade do saneamento em 2054, exemplificando, dessa forma, o caos da infraestrutura nacional.     Por conseguinte, percebe-se que doenças erradicas em países de ponta são cada vez mais frequentes em território brasileiro. Crianças, a grande maioria com até 5 anos de idade, são vítimas de doenças como a Cólera, Leptospirose e Dengue. O governo nacional, repleto de corrupção e incompetência, permite passivamente que famílias inteiras convivam diariamente com o perigo de morte.      Em síntese, nota-se que a falta de saneamento básico é um problema inteiramente governamental. A curto prazo, o governo deve trabalhar visando atender com qualidade, através da criação de UPA´s e formação de novos profissionais, cidadãos contaminados pelas referidas enfermidades. Em um aspecto mais longínquo, fica nítida a necessidade de um maior direcionamento financeiro para a infraestrutura das periferias, gerando assim a democratização do saneamento básico e garantindo uma melhor qualidade de vida para a comunidade.