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Enviada em: 18/10/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade funciona como um corpo biológico onde o mau funcionamento de uma das partes provoca um colapso total. Paralelamente a isso, a precariedade do saneamento básico brasileiro se destaca em grandes níveis, contribuindo para o adoecimento da população. Portanto, é necessário que, por meio do investimento governamental para garantir o saneamento básico qualificado e através da saúde pública para lidar com os malefícios causados pelo problema, haja melhora das condições de sobrevivência, visto que esse problema seja atual conquanto tenha arraigados fatos históricos com consequências pautadas no socioculturalismo.     Em primeira análise, historicamente inferindo, com a Revolução Industrial brasileira, no governo Vargas, começara o processo de favelização, em que algumas funções das pessoas foram substituídas pelas máquinas e em tentativas, muitas vezes, frustradas de conseguirem novos empregos nas cidades, ficaram à margem da sociedade. Sendo assim, se embrenharam e passaram a morar em condições nada favoráveis, como esgoto a céu aberto, por exemplo. Não só no passado, como também na contemporaneidade, o descaso governamental com pessoas menos favorecidas e que mais dependem da atuação estatal no saneamento básico continua a existir.  Junto a isso, há o contágio por doenças causadas pela exposição dos brasileiros à precariedade como, por exemplo, lixões, esgotos a céu aberto, que atraem animais causadores de mazelas graves.     Ademais, o sociólogo Zygmunt Bauman conceitua a nova era como a era da modernidade líquida, caracterizada pela fluidez das relações interpessoais, destacando-se cada vez mais o egoísmo exacerbado. Junto a isso, a cultura capitalista brasileira, visando lucro a qualquer custo, mesmo que isso signifique roubar dos cofres públicos para benefício próprio, resulta em um país sem dinheiro para lidar com a nação. Dessa forma, não há reserva pública suficiente para atender as necessidades  básicas populacionais, como o saneamento, aumentando o desafio para lidar com o problema e prejudicando cada vez mais a população expondo-a a perigos diários de contágio por doenças.    Destarte, é necessário que haja investimentos em programas de saneamento básico e de saúde. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente em coadunação com o Ministério da Saúde devem, respectivamente, investir em programas que viabilizem reformas básicas como fechamentos de esgotos a céu aberto, por exemplo, e garantam atendimento de qualidade para pessoas doentes por exposições à condições precárias. Agindo por meio de profissionais que efetuem obras públicas de qualidade. Além disso, devem ser oferecidos pelo SUS atendimentos por médicos capacitados, com oferta de remédios  e vacinas, para prevenção de doenças que podem ter como causa a falta de saneamento básico.