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Enviada em: 25/10/2018

Com a ocorrência da Revolução Industrial no final do século 18, surgiram concomitantemente vários problemas sociais urbanos, dentre os quais, a falta de saneamento básico. Analogamente, três séculos depois, o Brasil ainda enfrenta sérios obstáculos em relação a esse tema devido, principalmente, à ausência de planejamento urbano e sua carência de investimentos governamentais.        A ausência histórica de planejamento urbano no Brasil, a priori, é um dos maiores problemas enfrentados. O crescimento desordenado das cidades decorrido da industrialização, gradualmente foi desenvolvendo centros urbanos caóticos e, consequentemente a transferência da classe proletária para as periferias, surgindo favelas sem qualquer tipo de infraestrutura adequada, fazendo jus a Leonard Cebin, quando afirma que atrás dos beneficiados sempre haverão prejudicados. Logo, foram desencadeados vários outros problemas sociais como a violência, a falta de saúde e de educação.       Ademais, outro fator intrínseco à ausência de planejamento é a falta de investimento governamental. Outrossim, essa escassez de capital investido por parte do governo não é sinônimo de carência de verba, mas da sua defeituosa administração como, por exemplo,  seu uso para pagamentos de auxílio moradia para deputados federais, quando poderia-se investir em programas sociais que não só garantissem o saneamento básico a todas as classes sociais, como também, melhorassem as condições de moradia dos cidadãos carentes.        Tendo em vista os fatos supracitados, é inegável que grandes são os desafios enfrentados para a melhoria do saneamento básico no Brasil. Isto posto, bom seria que o Governo Federal, por meio do corte nos gastos elitistas desnecessários, investisse em planejamento urbano e programas sociais, contratando profissionais especializados, bem como, engenheiros e arquitetos; que criasse novas moradias para a população residente nas favelas e,  dessa forma, melhorasse a qualidade de vida de muitos brasileiros, erradicando alguns problemas sociais arcaicos ainda presentes no Brasil do século 21.