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Enviada em: 26/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o péssimo saneamento básico brasileiro, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela lenta evolução dos serviços de água e esgoto, seja pela desigualdade social. Por certo, a questão constitucional e a sua aplicação estão entre as causas do problema. Segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a pouca evolução do saneamento básico rompe essa harmonia, haja vista que desde 2011 à 2016 o aumento de esgoto tratado não passou de 10% segundo dados do G1. Outrossim, destaca-se a desigualdade social como impulsionadora do problema. De acordo com Durkheim, fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Segundo essa linha de pensamento, observa-se que a discrepância de poder de consumo leva as pessoas mais carentes a comprar imoveis em lugares precários, onde não existe saneamento básico eficiente.Isso é inaceitável para um país que almeja ao desenvolvimento e à uma sociedade integrada.  Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem à construção de uma sociedade congruente. Dessa maneira, faz-se necessário que o Governo Federal através do Poder Legislativo crie leis, por meio de votações parlamentares, que garantam um aumento de investimentos financeiros no saneamento básico assim como, possibilitem também a compra de imoveis bem localizados por pessoas carentes, com um auxílio financeiro à aquisição da moradia a fim de atenuar o problema. Dessa forma, o Brasil será um pais melhor à todos.