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Enviada em: 30/10/2018

No início do século XX,o médico sanitarista Oswaldo Cruz comandou, no Rio de Janeiro, um conjunto de reformas sanitárias memoráveis.Apesar desse fator, o panorama no restante do Brasil é outro: existe uma tentativa histórica de assegurar saneamento básico universal que nunca,realmente, se efetivou.Nesse contexto,é visível que o negligenciamento de políticas públicas e,da mesma forma,que a frágil contribuição da população  fomentam o quadro estagnado e precário do saneamento no Brasil. É preciso considerar, antes de tudo, que,como a medida referida é de longo prazo, muitos políticos subjugam-na sem medir suas consequências.De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman,em seu conceito de modernidade líquida, a contemporaneidade é efêmera e passageira e, por isso, resultados imediatos e emergenciais são valorizados. Diante dessa visão, justifica-se o constante descaso governamental com o saneamento pelo fato de ser uma medida que demanda altos custos e tempo.Entretanto, esses políticos não percebem na relação direta dessa ação com outros problemas, como a ameaça a saúde pública,a acentuação das desigualdades sociais e elevação de problemas ambientas. Vale ressaltar, ainda,que a ausência de esforços públicos  para melhorar o quadro vigente relaciona-se a falta de educação sanitária e ambiental.Esse ensino profilático propicia indivíduos responsáveis que , por exemplo,não mais despejam seus dejetos em lugares inapropriados ou construam fossas que contaminam o lençol freático.Diante disso, em consonância com a frase do economista Arthur Lewis, "Educação nunca foi despesa.Sempre foi investimento com retorno garantido.", percebe-se que ,através do ensino sanitário, muito será,até mesmo, economizado, porque problemas anteriormente causados pela própria população não ocorrerão mais. É evidente, portanto, que ainda hoje é um desafio superar os obstáculos do saneamento básico no país.Dessa maneira,é imprescindível que a pressão popular reivindique,por meio de manifestações e coleta de assinaturas em massa, a implementação efetiva de políticas de sanitarização, objetivando finalmente universalizar o saneamento.Da mesma maneira, é imperativo que o Ministério da Educação estabeleça aulas de educação sanitária que elucidem medidas de higienização e responsabilidade ambiental, por intermédio da implementação de uma nova disciplina no Ensino Básico e Médio, a fim de ensinar medidas de contribuição prática para o saneamento.A partir dessas medidas, será possível avançar o secular quadro sanitário do Brasil.