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Enviada em: 29/10/2018

Depois de vinte anos de um regime governamental de exclusão,o povo brasileiro vislumbrava uma nação mais justa e solidária durante sua redemocratização. O resultado desse processo foi a promulgação da Constituição "Cidadã" em 1988. Portanto, esperava-se um iminente enfrentamento do precário saneamento básico, uma vez que passara a ser lei. No entanto, passados trinta anos, constata-se que medidas política-educacionais não corresponderam às expectativas da sociedade.      Primordialmente, é notório a escassez de investimento em serviços sanitários que atendam parte da população com o pior saneamento básico do Brasil. Assim, não há um direcionamento correto de resíduos sólidos e esgoto, agravando a poluição existente e a disseminação de doenças ligadas à irrisória infraestrutura sanitária. Como evidência disso, segundo pesquisas divulgadas pela revista "Science" em 2017, a crescente contaminações de doenças, como a leptospirose, deve-se, mormente, pela falta de um saneamento adequado em algumas regiões do Brasil.     Outrossim, é válido analisar como a falta de conscientização influencia no precário saneamento básico. Sob tal enfoque, evidencia-se um elevado descarte inadequado de lixos, na natureza ou em ambientes urbanos, por parte dos indivíduos, uma vez que esses são negligentes em relação ao dano causado por esse tipo de poluição. De acordo com John Locke, filósofo empirista, o ser humano nasce como uma tabula rasa e os ensinamentos em consonância com as experiências o moldam. Destarte, torna-se evidente que a educação é fundamental na efetivação de uma melhor meio sanitário.     É evidente, portanto, que medidas são necessárias para uma melhoria no saneamento básico brasileiro. Dessa forma, aos órgãos governamentais,cabe, por meio do Ministério da Educação, promover campanhas publicitarias e palestras - em escolas,universidades e espaços públicos - efetuadas por ecologistas que explicitem para os cidadãos a importância do descarte adequado do lixo. Ademais, é imprescindível  que o Poder executivo, por meio de parcerias público-privadas, invista na capacitação e contratação de pessoas que atuem no setor sanitário, além de construir canais de escoamento de esgoto nas regiões mais pobres do Brasil. Apenas sob tal enfoque, poder-se-á garantir a todos os cidadãos, como previsto na Constituição, saúde e um saneamento básico de qualidade.