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Enviada em: 04/06/2019

O Brasil comprometeu-se, em 2015, cumprir os dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos é o sexto Objetivo estipulado. Segundo o Instituto Trata Brasil (2016), somente 45% dos efluentes passaram por tratamento, enquanto que 83% da população era abastecida com água potável. Em comparação com anos anteriores, o percentual de melhora evoluiu pouco. Isto acarreta em sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente.           O consumo de água não potável é responsável por doenças de veiculação hídrica, tais como a poliomielite, diarreia, hepatite A, leptospirose, dentre outras. As crianças são as mais afetadas por algumas razões: não sabem lidar com hábitos higiênicos; e têm sistema imunológico imaturo. Isso prejudica diretamente o desenvolvimento cognitivo e social destas, visto que precisará afastar-se da escola e grupos de recreação para tratamento da doença. Essa mesma pesquisa ainda revelou que há um agravamento da desigualdade social, como também perda da produtividade e renda dos que convivem com esgoto a céu aberto, deficiência quanto a coleta de lixo e consumo de água não potável.             Por outro lado, o despejo incorreto de esgoto em águas correntes pode causar eutrofização, que é o aumento da população de algas aquáticas, impedindo a passagem de luz solar e diminuindo a concentração de oxigênio dissolvido na água. Consequências disso são a mortandade de peixes por asfixia e a alta concentração de matéria orgânica.            Portanto, não é dispendioso investir em Estações de Tratamento de Água e de Esgoto eficientes, tendo em vista que quanto menos pessoas adoecerem, menos gastaria para tratar clinicamente, reparar por auxílio doença assim como a falta ao trabalho seria menos frequente.           Faz-se necessário que haja planejamento e execução neste viés, por todas as partes envolvidas: Estado, comunidade e empresas. É dar maior enfoque nesta área da saúde pública quando na elaboração do Plano Diretor municipal, financiar a expansão das Estações de Tratamento de Água e Esgoto e aterro sanitário. É importante também que difunda na sociedade a cultura de higiene pessoal e dos alimentos, a fim de cortar o ciclo das doenças supracitadas.