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Enviada em: 19/12/2018

Ao longo do passar dos anos, o ser humano se expôs às mais diversas situações de risco, dentre elas, as doenças, para as quais desenvolveu hábitos, que foram sendo aprimorados, até alcançarem o nível de higiene pessoal e, mais tarde, comunitária, e consolidados na forma de cultura. Atualmente, esses foram ramificados em setores, entre os quais, há o saneamento básico, uma base de práticas bem definidas, em função de manter um ambiente limpo e com acesso à água potável. Esse é um setor público, que depende, principalmente, das verbas e, portanto, dos investimentos governamentais. Todavia, nota-se que, no Brasil, o saneamento é extremamente precário, devido à má administração do dinheiro público, à corrupção, principalmente, dos governantes, e aos péssimos níveis de educação.     Muitos percebem o fato de que os investimentos nesse departamento são altos e tendem, unicamente, a aumentar, uma vez que, apenas um terço do necessário é investido. Essa estratégia de ampliar tal verba é direta e não funcional, uma vez que a origem do problema está no destino, não na quantidade investida. Assim, bem como em outros setores públicos, o desvio de verbas tem sido um grande problema. Para se ter uma ideia, em 2015, a operação "Protheus" identificou uma organização criminosa, que havia desviado, por 10 anos, mais de R$ 30 milhões, que haviam sido destinados a esse departamento, atingindo mais de 800 mil pessoas e diversos municípios mato-grossenses. A questão é que, os que mais sofrem com os esquemas de corrupção dos governantes e das instituições públicas e privadas, direcionadas àqueles setores, são os mais necessitados, que enfrentam as piores condições.     Além disso, há de se destacar o fato de que os problemas em educação têm gerado, cada vez mais, profissionais incompetentes. Assim, mesmo que a verba seja conduzida corretamente às obras, muitas vezes, essa incompetência acarreta em uma estrutura de saneamento básico precária e semidesenvolvida. Ainda, o desespero por maior lucratividade move diversas instituições a investirem em mão de obra barata e, a desenvolverem seus projetos de maneira superficial e insuficiente, gerando precariedade no serviço prestado.     Portanto, seria necessário que a população investisse na seleção e fiscalização de seus governantes, diminuindo os elevados índices de corrupção e melhorando os investimentos públicos. Contudo, a solução para o problema seria as comunidades promoverem programas de instrução a seus membros sobre a questão do saneamento, afinal, segundo o Presidente da Trata Brasil, esse é "um tema quase invisível", pela falta de interesse no assunto e de incentivos a ele, o que o torna suscetível à corrupção. Esses programas de instrução seriam veiculados pela mídia e pelas instituições escolares, compreendendo esclarecer a situação atual, as dificuldades e as possíveis soluções do problema.