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Enviada em: 05/02/2019

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela ONU em 1948, confere o direito à água e ao esgotamento sanitário a todos os indivíduos. Entretanto, para mais de 100 milhões de pessoas a realidade é outra. Elas utilizam medidas alternativas para lidas com os dejetos. Isso é causa da negligência social e política para com o assunto, o que causa não só um problema social, mas também de saúde, visto que a falta de tratamento dos esgotos contribui para a proliferação de doenças endêmicas.       Em primeira instância, cabe mencionar que as desigualdades regionais existentes no país contribuem para que haja uma discrepância dos índices, no setor saneamento, entre as regiões. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), na região Norte apenas 7,4% da população é atendida por abastecimento de esgoto. E é nesse lugar que estão os piores índices de IDH e as taxas de pobreza são altas. Tais fatos são reflexos da falta de investimentos em infraestrutura.       Além disso, se gasta muito mais em saúde pública do que com os tratamentos de esgotos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada um real investido em saneamento se economiza quatro na saúde pública. Investir em saneamento é ter uma solução a longo prazo para as doenças que afetam a população onde o tratamento é precário.        Entende-se, portanto, que mesmo o Brasil tendo investido na melhoria do acesso ao esgoto tratado, ainda há muito o que se fazer para atingir números significativos e ainda há grandes desafios a serem vencidos. Dessa forma, cabe ao poder público rever as prioridades e focar em soluções preventivas e não em remediativas.