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Enviada em: 10/02/2019

No limiar do século XX, o Rio de Janeiro enfrentou diversos problemas com a rápida urbanização de forma desordenada, o que desenvolveu um lugar propício para propagação de epidemias, o oposto expressão "cidade maravilhosa". Embora tenha se passado mais de 100 anos, diversas cidades brasileiras ainda enfrentam os mesmos empecilhos que amedrontavam a população carioca, devido à falta de atenção do Estado para uma das principais pautas da saúde pública e ambiental brasileira- o saneamento básico.       Atualmente, o Brasil ocupa o 14° lugar dos 30 países com maiores tributos e a última posição quando se refere ao retorno à população.Essa má administração reflete na inexistência de rede de esgoto, na distribuição irregular de água potável, isso quando passa por algum tratamento e na falta de coleta dos resíduos sólidos.Tais problemas estão mais presentes nas regiões carentes e nas áreas afastadas dos centros comerciais, o que não ocorre por acaso, mas evidência o "apartheid cultural", termo designado a falta de investimentos em saúde e cultura nas regiões mais pobres.        Ademais, mesmo que as comunidades mais carentes sejam as que mais sofrem com a falta de saneamento básico, a longo prazo até quem vive nas áreas mais privilegiadas vão ser afetadas, pois a questão envolve diversos ciclos, como,por exemplo: o lixo, descartado de qualquer forma por falta da coleta, pode poluir nascentes e lençóis freáticos e o esgoto a céu aberto causa inúmeras epidemias. Sem dúvida, quando o governo investe no bem comum não está apenas garantido a população um direito assegurado constitucionalmente,mas também impede novos problemas,como as infecções que não são vantajosas aos cofres públicos.        Torna-se evidente, portanto, que é imprescindível a adoção de medidas capazes de assegurar a todos o acesso ao saneamento básico.Assim, cabe ao Ministério das Cidades mapear as áreas sem saneamento básico ,com a ajuda dos representantes das comunidades e bairros, além de classificar por prioridades as áreas em estado crítico e agilizar o trabalho, o processo pode envolver toda comunidade local, desde aos trabalhos de reciclagem a palestras sobre a importância do saneamento básico.No século XX,no Rio de janeiro, a população se revoltou com as políticas sanitárias porque não sabia a importância,atualmente a população sabe e deve exigi-las.