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Enviada em: 17/08/2019

A Peste Negra que assolou a Europa no período medieval se perpetuava devido às péssimas condições sanitárias da época, prejudicando a saúde e a qualidade de vida dos povos europeus. Hodiernamente, de forma análoga, o saneamento básico brasileiro é, em diversas áreas, precário, sendo causado pela falta de negligência e de investimentos por parte do Estado e pelo baixo nível de educação sanitária existente em algumas regiões. Dessa maneira, urge que medidas sejam adotadas para solucionar essa conjuntura negativa.     Faz-se mister citar, inicialmente, que o papel displicente do governo é preponderante para a construção da situação deletéria atual. Essa perspectiva é embasada pela teoria dos três poderes do filósofo iluminista Montesquieu, a qual afirma que o poder executivo tem como função a priorização das necessidades da nação com o fito de manter o bem-estar da sociedade. Sob esse viés, vê-se que o papel governamental atual não é síncrono com a sua função política primordial de atendimento às necessidades básicas de saneamento, convergindo, destarte, para o agravamento da precária circunstância atual.    Ademais, é relevante mencionar que a escassez de educação sanitária fornecida à populações em regiões periféricas é um um fator que reforça à deterioração do sistema de saneamento. Segundo com o conceito de Habitus do sociólogo Pierre Bordieu, a educação é capaz de imprimir valores sobre os indivíduos, alterando o seu modo de pensar e de agir. De acordo com esse ponto de vista, vê-se que a falta de campanhas conscientizadores quanto aos riscos dos maus hábitos sanitários influencia negativamente a conjuntura atual, fortalecendo a inércia da problemática.       Infere-se, portanto, que ainda há entraves que dificultam o desenvolvimento do saneamento básico brasileiro. Diante dos fatos supracitados, o Governo Federal, junto aos governos estaduais, deve, por meio de um maior direcionamento de verba, iniciar projetos de instalação de estações de tratamento de água e de redes de esgotos em regiões onde há a carência destas instâncias, com o intuito de atenuar a problemática que assola o país. Outrossim, o Ministério da Saúde deve promover campanhas informativas sobre os malefícios da má higienização e do incorreto descarte de lixo e de detritos, a fim de propagar conhecimento e garantir subterfúgios para essa situação problema. Dessa fora, o país poderá distanciar-se da realidade vivida pela Europa na Idade Média.