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Enviada em: 11/10/2018

Em sua canção "Rehab" a cantora norte-americana Amy Winehouse, exprime seu desinteresse em se reabilitar de seu vício em drogas, este, que a levou a morte meses depois. Diante disso, é necessário discutir os desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil, tendo em vista não só, a carência de vagas para reabilitação pelo SUS, como também, o tratamento arcaico que recebem nas clínicas.     Em primeiro plano, é evidente que o uso de narcóticos psicoativos acarreta na vida do indivíduo diversos problemas que comprometem sua saúde mental. Logo, a reabilitação torna-se uma importante ferramenta de reinserção social e reintegração psicológica. Entretanto, o sucateamento do Sistema Único de Saúde, também afeta a reabilitação dos dependentes químicos no Brasil. Segundo o Datasus, hospitais públicos voltados a essa população oferecem apenas 0,34% dos leitos que seriam necessários para o tratamento dessas pessoas. Sob esse viés, é notório a negligência estatal com o tratamento desses cidadãos brasileiros.    Ademais, convém salientar que embora exista cerca de 600 mil dependentes químicos no país, há pouco preparo nos cursos da área da saúde em relação ao tratamento desses indivíduos. Nesse âmbito, a falta de especialistas na área e equipe multidisciplinar preparada para atender essas pessoas, corrobora para a evasão no processo de reabilitação. Além disso, é importante destacar que no país, o tratamento do dependente químico é centrado apenas na desintoxicação, não enfatizando a necessidade reintegrá-lo na sociedade civil.       Diante desse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas. Portanto, é imprescindível que o Ministério da Saúde envie verbas para a construção de clínicas humanizadas para dependentes químicos voltadas a desintoxicação e promoção da saúde, mediante a contratação de profissionais especializados nesse público. Associada à isso, nessas clínicas poderão ser ofertadas cursos profissionalizante para a reintegração social e econômica desses indivíduos na sociedade.