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Enviada em: 29/05/2018

Em 1961 o uso de entorpecentes tornou-se crime no Brasil, contudo a circulação de drogas ilícitas no país não foi combatida com a eficácia necessária. Por isso, 57 anos depois da proibição o país depara-se com inúmeros desafios para o tratamento de dependes químico em solo auriverde. Logo, torna-se indubitável discutir as problemáticas sociais que circunscreve esse cenário.       Um aspecto que dificulta o tratamento de dependentes e aumenta a quantidade de usuários é a apologia explicita ao consumo disseminada na rede.  Filipe Ret, cantor brasileiro, em sua música, '' Chefe do Crime Perfeito'', realiza apologia às drogas demonstrando-a como atraente e inofensiva. A partir disso, percebe-se que formadores de opinião como o cantor conquistam adesão de jovens e dificultam o combate efetivo a disponibilização de entorpecentes. Isso é evidenciado pelo grande contingente de adolescentes que iniciam o uso de drogas de modo recreativo e desconsideram seus riscos.       Outra problemática que dificulta o tratamento de dependentes químico no Brasil é o tratamento punitivo da polícia em detrimento da análise da saúde pública. Um exemplo foi a ação de Dória, Prefeito de São Paulo na ocasião, em invadir a Cracolândia através da força policial e internar compulsoriamente os usuários que estavam na região. Esse fenômeno é um dos motivos para os desafios no tratamento dos dependentes, pois o uso de repressão não é ideal para a eficiente terapia, visto que o autoconhecimento é essencial para a melhora.       Em suma, a atenuação desse desafio perpassa por ações estatais. Portanto, os departamentos policiais em parceria devem fiscalizar práticas que realizem apologia as drogas através da observação dos artifícios disponibilizados na rede com o intuito de punir conforme o Código Penal brasileiro indivíduos que realizem esse ato criminoso. Somado a isso, o Ministério da Saúde realizar medidas como a criação de centros móveis de auxílio aos viciados a fim de dinamizar o retorno deles à sociedade.