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Enviada em: 30/05/2018

É verídico que o uso de drogas é frequente, seja por modismo, ou segundo consumidores, por necessidade. Ademais, o autocontrole do vício nem sempre é conseguido de forma efetiva pelo usuário que recorre de forma consciente ou não à ajuda governamental ou casas de repouso de dependentes. Quadros tristes que muitas vezes chegam a denegrir a imagem pessoal e social, quer seja pelos anseios ou pelos caminhos lamentáveis que o uso de drogas proporciona.       Entretanto, é válido ressaltar que o uso de entorpecentes é uma prática de cunho social que abrange todos os indivíduos independentemente do status financeiro, escolaridade, idade, sexo e raça. O filme Faroeste Caboclo é um exemplo do modismo do uso da cocaína como utensílio tanto do radicalismo jovial, quanto da dependência do insumo que levam boa parte dos personagens a dois caminhos: a morte ou a cadeia. Concomitantemente, outros enredos, dentre muitos que explicitam os fins drásticos do uso de drogas, são Cidade de Deus e Tropa de Elite, que mostram de forma objetiva e clara as consequências supracitadas, servindo de alerta.       Outrossim, pressupõe-se que não há somente a morte e a cadeia para os utentes de alucinógenos, há casas de repouso e ONG's que tentam ressocializar essas pessoas. Indubitavelmente, é notório que a hospedagem nesses centros de recuperação requer uma certa condição financeira, o qual muitos viciados e suas famílias não possuem, sendo assim, a ajuda de entidades sociais ou governamentais se tornam cruciais nesse quesito. Contudo, para se ter ênfase no acolhimento dessas pessoas é necessário ter recursos, o que também é um entrave para o governo, pois entre pesos e medidas, manter um paciente dependente ou um preso, é mais caro que as despesas com universitários.       Portanto, fica claro que seguindo a linha de raciocínio do historiador Sérgio Buarque, cujo defende que não devemos tratar o Estado como pai, põe a mercê de que primeiramente se deve evitar por meio da educação a entrada de indivíduos na realidade do mundo do vício, propondo palestras e projetos que mostrem a veracidade e o destino na qual essas pessoas se submetem. Em contrapartida, devido ao número gritante de usufruidores de drogas, as casas de recuperação é o melhor caminho a ser tomado, porém, se há falta de recursos financeiros para a utilização da mesma, é dever do governo prestar ajuda com verbas ou com projetos de ressocialização, afinal, é um ditame da Constituição, o bem-estar do cidadão independentemente de suas condições.