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Enviada em: 30/05/2018

É hora de vacinar dependentes químicos!       O tratamento e a prevenção de doenças tem sido um problema histórico no Brasil, vide Revolta da Vacina do início do século XX. No entanto, o assunto ainda não foi superado, e, atualmente, tem retornado às mídias sob uma nova modelagem, que é o tratamento de dependentes químicos.        Pois bem, o governo brasileiro (Federal, Estadual ou Municipal) não possui clínicas especializadas no tratamento de pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas, bem como, realiza insuficiente campanha preventiva sobre os riscos e malefícios do uso de drogas (como o álcool, cigarro, cocaína, crack e outras psicotrópicos).         Além disso, o Estado prefere despejar recursos bilionários em serviços policiais (para combater o tráfico de drogas), jurídicos (para julgar e condenar inocentes) e penitenciários (com a finalidade de enjaular, como animais maltratados, pessoas que mereciam apenas reprimendas leves).        Por outro lado, familiares e instituições privadas, a princípio, estão limitadas em sua atuação pelo direito a liberdade individual do sujeito dependente, que, muitas vezes, não quer parar de utilizar tóxicos. João Dória, por exemplo, enfrentou essas e outras dificuldades na cidade de São Paulo quando tentou eliminar a cracolândia!          Portanto, com a finalidade de evitar que o homem se torne lobo do próprio homem (em lembrança a Thomas Hobbes), é inegável que medidas devem ser tomadas para favorecer o tratamento de pessoas dependentes de drogas. É necessário que o Estado Brasileiro, por meio da atuação isolada ou conjunta dos seus Ministérios da Saúde, do Planejamento e da Segurança, mude a legislação relativa ao combate ao tráfico de drogas, amenizando-a; e, concomitantemente, passe a investir os recursos economizados em prevenção e tratamento de saúde pública. Ademais, poderiam também alterar a legislação para facilitar com que familiares e instituições privadas, caso queiram, possam internar involuntária e compulsoriamente quem não tem condições de decidir sobre a si próprio.