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Enviada em: 04/06/2018

No que se refere aos desafios para o tratamento de dependentes químicos, pode-se afirmar que essas dificuldades advém de uma série de políticas conservadoras que prejudicam o processo de reabilitação desses usuários, como, por exemplo, a marginalização desses doentes e criminalização das drogas. Nesse sentido, a melhor saída para cura desses indivíduos é a adoção de políticas liberais e sociais que visem alcançar esse objetivo e incluir, novamente, esses cidadãos na sociedade.          Em primeiro plano, o consumo da droga quando usada de maneira ilegal, por conta da proibição conservadora que acaba financiando o tráfico, desencadeia uma série de problemas, como a ocupação das ruas, a disseminação de doenças,a miséria,a criminalidade e os gastos exacerbados com segurança, em contra partida, de acordo com o jornal BBC, na Dinamarca, onde as drogas são legalizadas, existem salas especializadas para o uso de entorpecentes, as quais contem artefatos de uso descartáveis, o que elimina o vetor de doenças, e, também, a supervisão de assistentes sociais e enfermeiros para a tentativa de reabilitação dessas pessoas. Sendo assim, o Estado ganha capital sobre os impostos embutidos na venda legalizada das drogas,  e economiza em segurança, visto que não existe tráfico e nem dependentes nas ruas e, ainda, não precisam se locomover para entrar em contato e tratar esses doentes, já que eles vão até as salas estatais para o consumo supervisionado.           Ademais, segundo a teoria do "Imperativo Categórico" de Kant, o indivíduo não pode ser tratado como uma coisa que tem valor, mas como um ser humano que tem dignidade, isto é, todo cidadão tem direito ao respeito e a dignidade constituído, independente da sua condição social. Diante disso, as políticas conservadoras tentam desqualificar o direito e o tratamento dos dependentes químicos, como se fossem irrelevantes, como a ação do Governador Doria, de São Paulo, o qual permitiu a invasão de policiais na cracolândia e os disparos de tiros de borrachas para dispersão desses usuários, demonstrando o fracasso das políticas sociais, em contra peso, países liberais como a Dinamarca, mostram seu sucesso fervoroso no combate à dependência usando a empatia e respeito pelo próximo.           Entende-se, portanto, que cabe ao Poder Legislativo por meio de uma lei da liberação das drogas para venda controlada pelo Estado em salas especializadas, para que o próprio adquira capital para custear o fornecimento grátis de artefatos para o uso dos dependentes, evitando a disseminação de doenças. Cabe, também, ao Ministério da Saúde e Secretaria de Assistência Social fornecerem médicos, enfermeiros e assistentes sociais para supervisionar as salas e conscientizar sobre os efeitos e a necessidade de reabilitação desses indivíduos. Por fim, cabe ao Governo Federal custear o tratamento dos dependentes, que aceitaram ajuda dentro das salas, em clínicas de reabilitação.