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Enviada em: 31/05/2018

Desde o Iluminismo, entende- se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os desafios para o tratamento de dependentes químicos, no Brasil, hodiernamente, verifica- se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade no país, seja pela escassez de tratamento público, seja falta de apoio da família por parte dos dependentes químicos. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências e tal postura negligente para a sociedade.        É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível que, no Brasil, o tratamento  público tem como objetivo principal manter o dependente químico abstinente da utilização da droga, a fim de prevenir os problemas sociais e de saúde. Porém, haja visto que a maioria das drogas são produzidas a partir de plantas (drogas naturais), como por exemplo a maconha, que é feita com Cannabis sativa, plantas que atualmente se encontram facilmente no mundo contemporâneo.      Outrossim, destaca-se o apoio da família como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade, e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o papel da família e principalmente a colaboração da escola na vida dos dependentes químicos, seria considerada como um ponto positivo para a construção de seu desenvolvendo pessoal e assim, ajudar a eliminar essa substância presente em seu dia a dia.        É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal deve criar centros para dependentes químicos em hospitais universitários a fim de  desenvolver metodologias de tratamentos e de reinserção social, promovendo vagas para tratamento ambulatorial e de internação. Como já dito o pedagogo Paulo Freire,  a educação transforma as pessoas, e mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministrados por psicólogos, que discutem o combate ao tratamento de dependentes químicos no Brasil, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.