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Enviada em: 31/05/2018

A dependência química, no Brasil, está inserida em todas as camadas sociais. Atualmente, estima-se que mais de seiscentas mil pessoas sejam usuárias de drogas, principalmente o crack, no país. O tratamento desses dependentes não é uma tarefa frugal pois deve ser voluntária. Ademais, a recuperação precisa envolver medidas múltiplas, e não apenas a médica.        Conforme dados da Pastoral da Sobriedade Regional do Nordeste, de cada cem pessoas que consomem drogas cronicamente, apenas cinco estão em casas de recuperação. Dessas, somente 20% concluem todo o processo de reabilitação. Tal fato não se limita apenas à região Nordeste, mas engloba o Brasil de forma geral. É de vital importância que a busca por tratamento seja voluntária. As inúmeras tentativas do governo da compulsoriedade de internação não são eficazes e dificultam a recuperação daqueles usuários que foram forçados ao tratamento e não obtiveram exito.        Ainda nesse prisma de abordagem, a recuperação do viciado não é uma questão apenas médica, mas social. Toda a sociedade, bem como as entidades governamentais e ONG's são solidárias nessa responsabilidade. Muitas pessoas preferem ignorar os dependentes químicos, deixando-os marginalizados, afinal acreditam que foram eles próprios que se colocaram em tal situação. A necessidade da multiplicidade de medidas para tratamento é evidente, tanto na conscientização do dependente, quanto da população a fim de quebrar o enorme preconceito existente.       Dessa forma, nota-se que o tratamento de dependentes químicos no Brasil é extremamente complexo. A busca por essa recuperação deve ser voluntária, para isso, a conscientização do viciado, da sua real situação de dependência, é essencial. Nesse contexto, o governo deve incentivar e investir nos grupos de auto ajuda que são de suma importância. Ademais, o tratamento deve ter como alvo oferecer aos dependentes a possibilidade de recuperar as outras dimensões da vida que se perderam, ampliar horizontes e não oferecer apenas condições para uma vida unidimensional e opressora das drogas.