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Enviada em: 31/05/2018

“O progresso é impossível sem mudanças. ” Essa máxima, atribuída a Bernard Shaw, exprime a importância da transformação quanto ao desenvolvimento de uma nação. Nesse contexto, alterações são necessárias no que tange ao tratamento de dependentes químicos no Brasil, uma vez que esse processo enfrenta incontáveis desafios. Essas necessidades tornam-se evidentes não só devido ao descaso governamental, mas também a marginalização dos dependentes.     Em primeiro lugar, o governo deveria garantir o bem-estar de todos os cidadãos, incluindo os usuários químicos, no entanto, não faz. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde exibe que de 2001 a 2012 o número de ocorrências em hospitais pelo uso de entorpecentes ilegais no país cresceu mais de 360%. Logo, comprova-se à ineficiência do estado em garantir o direito do cidadão, visto que uma pessoa só consegue adquirir drogas ilegais em decorrência de uma política antidrogas falha.     Além disso, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse à permanência dos dependentes químicos nos tratamentos. Infelizmente, a existência da descriminação contra os usuários de drogas é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. Todavia, é preciso quebrar esse paradigma para tratar do cidadão brasileiro como um todo, atendendo as carências de todos os grupos sociais.      Destarte, urge elencar medidas práticas para que, de fato, a sociedade brasileira alcance o progresso, conforme sustentara por Bernard Shaw. Logo, em relação aos desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil, cabe ao Ministério da Saúde expandir os acessos de apoio a esses cidadãos, por meio da criação de postos municipais específicos para atender esse público, dando ênfase no acolhimento e na descriminalização dessas pessoas. Desse modo, almeja-se que os indivíduos se sintam seguros o suficiente para realizar o tratamento e acabem de uma vez por toda com a dependência.